Como o pesquisador público pode empreender?
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O Observatório para Inovação no Setor Público (OPSI) é um fórum global para a inovação no setor público liderado pela OCDE. O OPSI oferece suporte aos formuladores de políticas com percepções, conhecimentos, ferramentas e conexões para a adoção de práticas políticas inovadoras para responder aos complexos desafios da sociedade .
O OECD-OPSI publicou recentemente um relatório para recomendar aos formuladores de políticas públicas a adoção da governança antecipatória of innovation definida como a capacidade de explorar ativamente possibilidades, experimentar e aprender continuamente como parte de um sistema de governança mais amplo.
A governança antecipatória da inovação faz parte do Modelo de Facetas de Inovação da OPSI para os governos. Esse modelo considera duas características centrais – incerteza e direcionalidade. Essas facetas foram desenvolvidas por meio de estudos de inovação analisando os sistemas de inovação em vários países do mundo, observando o contexto local, nacional e internacional.
O modelo das facetas da inovação da OPSI considera quatro razões para os governos inovarem:
Fonte: OECD-OPSI (2021)
As questões que os governos enfrentam hoje são voláteis, incertas, complexas e ambíguas. Como por exemplo, as ameaças à segurança global, pandemias, desafios climáticos desenvolvimento de tecnologia ou envelhecimento das sociedades. Para OCDE (2021) “os governos precisam aprender a antecipar – isto é, criar conhecimento sobre o futuro – mas também tornar isso viável através da implementação de inovações”. Para tanto, é necessário que o governo tenha uma nova abordagem que vise apoiar o processo de aprendizagem e tenha ações orientadas para o futuro baseada na experimentação empírica.
A governança antecipatória da inovação refere-se às estruturas e mecanismos que permitem e promovem a inovação antecipatória ao lado de outros tipos de inovação no setor público. Inovação antecipatória significa agir com base no conhecimento sobre o futuro, criando algo novo que tenha o potencial de impactar o valor público. Ajuda a explorar desafios complexos e incertos de políticas e a assumir uma postura proativa em relação ao futuro. Permite que os governos explorem e funcionem em face de mudanças incertas. É importante enfatizar aqui que no falamos apenas sobre futuro e previsão, mas agimos com base nessas informações.
A questão chave é como começar a agir.
Pensando no longo prazo, mas agindo no curto prazo.
Não há outro caminho.”
Tõnurist (2020)
A inovação antecipatória envolve:
Fonte: Tõnurist ( 2020)
A governança antecipatória da inovação se baseia em um conjunto de ferramentas e métodos bem estabelecidos, cada um com seus próprios corpos de literatura, conhecimento e prática que estão evoluindo continuamente. Embora a noção de que as autoridades públicas devem confiar em alguma forma de governança antecipatória não seja nova, na última década ela adquiriu uma ressonância particular nas políticas de inovação (Van Oudheusden, 2014; Fuerth, 2009).
A OECD-OPSI reuniu algumas exemplos de países que estão implementando mecanismos de governança para inovação antecipatória, destacamos aqui o exemplo de 5 países.
O modelo de governança antecipatória da inovação estabelece a capacidade combinada do governo para:
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O grupo VIA Estação do Conhecimento, liderado pela Prof. Dr ª Clarissa Stefani Teixeira, ficou entre os 3 finalistas dentre 85 projetos inscritos para o Prêmio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de Santa Catarina.
O Prêmio ODS Santa Catarina é uma iniciativa do Movimento Nacional ODS Santa Catarina que consiste na realização de uma premiação para reconhecimento de ações desenvolvidas por seus Signatários (pessoas físicas ou jurídicas) que contribuam com as metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O objetivo do prêmio, que já está em sua terceira edição, é reconhecer e divulgar iniciativas para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável realizadas por signatários do Movimento Nacional ODS Santa Catarina, sendo dividido em 6 categorias: Empresa; Instituição de Ensino; Organização de Classe; Organização da Sociedade Civil; Poder Público; e Pessoa Física.
“Estar entre os 3 finalistas do Prêmio ODS Santa Catarina 2021 é muito gratificante. Consideramos uma importante conquista estar presente no Fórum Brasil ODS, reconhecidos por nossas contribuições para alcançar os ODS. O nosso objetivo enquanto grupo é transformar o conhecimento de forma tangível e utilitária para a sociedade, impactando positivamente nas dimensões sociais, econômicas e ambientais por meio do conhecimento e inovação.”
Clarissa Stefani Teixeira
Para concorrer ao prêmio, os projetos foram avaliados de acordo com 4 critérios:
I. COERÊNCIA PARA O ALCANCE DOS ODS
O projeto deveria evidenciar sua capacidade em atacar problemas estruturais, indicados por uma ou mais metas dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Para que os ODS sejam alcançados é necessário que suas metas sejam traduzidas para a realidade local. Portanto, neste critério foi avaliado de que maneira o projeto contribui para resolver problemas sociais, ambientais e/ou econômicas no contexto local onde foi realizado.
II. IMPACTO E RELEVÂNCIA
Nesse quesito o projeto foi avaliado em relação ao contexto dos problemas a serem resolvidos para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, verificando a relação entre esses problemas com os objetivos e metas do projeto, e o aumento do impacto positivo com as ações realizadas
III. ORIGINALIDADE E INOVAÇÃO
Comprovação que o projeto é pioneiro na implementação ou criação de novas ações para a solução de problemas, ou aprimoramento das soluções que já existem.
IV. OBJETIVOS E RESULTADOS
E por último é avaliada a coerência entre os objetivos do projeto com sua execução e os indicadores de avaliação de resultados. Se os resultados são apresentados com clareza e objetividade. Se os indicadores de avaliação apresentados, quantitativos e qualitativos, podem, de fato, comprovar se os objetivos do projeto foram alcançados.
No tocante a dimensão econômica as ações do VIA tem o objetivo de inspirar pessoas, organizações públicas, organizações privadas, cidades e territórios por meio da transformação através do estímulo aos ambientes que fomentam o empreendedorismo e inovação em Florianópolis e outras cidades de SC e do Brasil.
Quanto a dimensão ambiental cita-se como principais ações a metodologia de living labs, que da suporte e orientação a empresas no teste e validação de seus produtos e serviços antes do lançamento de suas soluções no mercado, permitindo seu aprimoramento com base na experiência de uso dos usuários. Exemplos de casos:
Outras ações na dimensão ambiental são a proposição da Rede de Centros de Eficiência Urbana – RECEU em conjunto com o MCTI, por meio do CNPq, durante os anos de 2000 e 2011. A RECEU está a serviço da política pública e de todos os CEUs e a sua composição se dá via realização, pelo MCTI. A RECEU visa atuar no fortalecimento dos Centros de Eficiência Urbana e na adesão de municípios para a pauta das cidades inteligentes e sustentáveis buscando sua transformação para a qualidade de vida do cidadão e sua eficiência urbana.
Sob a dimensão social, uma das principais ações do VIA é a Geração Via, com foco na compreensão de que a formação cidadã das crianças fomentará uma cidadania ativa e responsável no futuro. Nesse contexto, o Geração Via, por meio do ensino e disseminação de conceitos estudados na academia, apoia a formação de crianças e jovens em três vertentes: cidadania, inovação e empreendedorismo. Uma equipe multidisciplinar de pesquisadores desenvolveu capacitações, jogos educativos e material didático para crianças, jovens e professores, apoiando-se em técnicas e metodologias inovadoras como gamificação, aprendizagem por resolução de problemas, robótica e educação environments. Tais materiais e conteúdos possibilitam o desenvolvimento de competências que estimulam a cidadania ativa, a atitude empreendedora e o espírito inovador dos participantes.
Outra ação do VIA voltada a dimensão social é a formação de professores das Escolas Municipais de Florianópolis. Tendo sido uma capacitação de mais de 300 professores nos anos de 2017 e 2018 nos temas “cidades inteligentes” e “cidades inovadoras”, no Centro de Educação Continuada (CEC) da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Florianópolis, passando pela apropriação e aprofundamento dos principais conceitos até o desenvolvimento do plano de atividades e utilização de recursos didáticos, com o objetivo de torná-los multiplicadores nas escolas.
ODS 4 Educação de qualidade
ODS 8 Trabalho decente e crescimento econômico
ODS 10 Redução das desigualdades
ODS 11 Cidades Sustentáveis e Comunidades
ODS 16 Paz, Justiça e instituições eficazes
ODS 17 Parcerias e meios de implementação
O projeto inscrito deveria comprovar sua contribuição com as metas de um ou mais dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Sendo assim, na análise do alinhamento do propósito do VIA e da relação das atividades com os metas dos ODS, foram validadas ações e resultados que comprovam que o VIA Estação do Conhecimento contribui para 7 dos ODS.
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