Aliança Pela Inovação

VIA participa da Aliança pela Inovação de Porto Alegre

Porto Alegre apresenta Aliança pela Inovação inspirada em modelos nacionais e internacionais

O mês de abril marcou as primeiras articulações da Aliança pela Inovação de Porto Alegre! E, em julho, o movimento ganhou força com a articulação para a inclusão de novos atores.

A capital gaúcha iniciou seu movimento com três das principais universidades para formalizar a Aliança pela Inovação.

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) estão empenhadas em desenvolver ações que promovam a melhoria da cidade. O viés de transformação é da inovação.

Luís da Cunha Lamb, pró-reitor de pesquisa da UFRGS, indica que os professores das três universidades já estão desenhando os projetos que serão desenvolvidos. Estes, em um movimento sinérgico, beneficiarão a população.

A Aliança pela inovação e o caminho a ser trilhado a partir de referências

A Aliança pela Inovação vem sendo inspirada pelos movimentos mundiais. Dentre os movimentos estão o Pacto de Barcelona e o Pacto pela Inovação de Medellín.

Assim, Porto Alegre inicia uma soma de esforços para a transformação da cidade. E, neste contexto, a Aliança é uma união de esforços com objetivo de articular, somar and constituir as relações da tríplice hélice.

É a base necessária para que os atores tomem consciência de suas atribuições e papéis frente a proposta de valor do ecossistema, afirma o consultor internacional e presidente da IASP Jopep Miquel Piqué.

Segundo o reitor da UNISINOS Marcelo Fernandes de Aquino a inovação é um resultado de uma ação coletiva e não de eventos individuais. Assim, cada território precisa estabelecer sua visão e que desafios se tem para implantar essa visão, afirma Piqué.

As ações colaborativas de movimentos como os da Aliança pela Inovação, envolvendo diferentes atores do ecossistema, têm se mostrado efetivas. Entretanto, não apenas em âmbito internacional, mas também em âmbito nacional é possível identificar bons cases.

O Pacto pela Inovação de Santa Catarina

Em 2017, Santa Catarina selou o Pacto pela Inovação do Estado. Neste Pacto, mais de 30 instituições, 150 ações em prol da ciência, tecnologia e inovação, empreendedorismo e educação, foram articuladas. O objetivo do Pacto é que o estado seja reconhecido por suas inovações e que o território seja fértil para o desenvolvimento de novas soluções. O movimento no Estado apresenta quatro eixos prioritários, afirma a professora Clarissa Stefani Teixeira:

  • Conhecimento e talento;
  • Acesso a capital e atração de investimentos;
  • Infraestrutura;
  • Redes e colaboração.

Além disso, foi formado grupo de trabalho específico para atuar no desenvolvimento do novo marco legal do estado sob luz da nova legislação de inovação do país, complementa. No entanto, diferentemente de Porto Alegre, Santa Catarina apresenta consolidação do Pacto a partir do movimento iniciado pelo Governo do Estado. A vertente da inovação, considerando a expansão da infraestrutura, com os 13 Centros de Inovação e a definição da articulação dos ecossistemas regionais, ganhou força e reforçou a necessidade do movimento.

A participação da VIA Estação Conhecimento na Aliança pela Inovação

Clarissa foi a Porto Alegre para mostrar as ações que a Federal de Santa Catarina vem realizando. Não apenas em âmbito científico, mas também os impactos em termos de articulação regional e ações em prol dos habitats de inovação. Neste âmbito, cita-se o projeto Fortalecimento de Habitats de Inovação, realizado juntamente com o Governo do Estado de Santa Catarina – Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável e Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa (FAPESC), vem atuando no desenvolvimento dos Centros de Inovação do Estado e na formação de sua rede.

Neste ínterim, um Observatório de Habitats de Inovação está sendo construído para subsidiar o ecossistema. Além de seus mapeamentos, eventos e pesquisas, a Universidade pactuou ações em prol da propriedade intelectual e da transferência de tecnologia.

Clarissa e Piqué, que atuam em diversos projetos juntos, falaram sobre os movimentos de Santa Catarina, Barcelona e Medellín. Na ocasião, mostraram o que foi desenvolvido e qual o potencial de extração para inspirar os gaúchos. Para o sucesso do movimento é necessário:

  • Engajamento das pessoas (são os CPFs) com alinhamento individual de propósito para a mudança;
  • Engajamento das instituições do ecossistema (são os CNPjs) que colaboram entre si;
  • Mapeamento das ações já realizadas pelas instituições e pessoas;
  • Definição da visão conjunta do ecossistema;
  • Identificação das oportunidades do território e do próprio ecossistema;
  • Identificação dos desafios do território e do próprio ecossistema;
  • Definição de um plano de ação em conexão com os atores do ecossistema;
  • Mão na massa sinérgica e conjunta.

Acompanhe a apresentação que reuniu quase 800 pessoas que mostrou os cases de Medellín e barcelona com Piqué e Santa Catarina com Clarissa.

Os próximos passos para Porto Alegre do futuro

Porto Alegre com sua Aliança pela Inovação dá os primeiros passos de movimentos colaborativos iniciados pelas universidades. Os grupos de pesquisas já mostram sinergia. Hoje pensam ações conjuntas que a partir de uma visão comum possa impactar a cidade e a qualidade de vida do cidadão, considera Clarissa Stefani Teixeira que acompanhou a agenda semanal de articulação. Neste contexto, Jorge Audy – Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS chama a atenção para a responsabilidade cidadã. Para Audy, todas as pessoas têm responsabilidade para a construção da cidade.

Luiz Carlos Pinto da Silva Filho – Diretor da Escola de Engenharia da UFRGS considera necessária a visão de futuro coletivo. Esta visão precisa ser capaz de concretizar um projeto único de ecossistema para uma Porto Alegre melhor. Desta forma, a Aliança pela Inovação inicia o movimento de convite para alinhamento das demais hélices. Segundo ele, estão sendo envolvidos atores do governo, empresas e da própria comunidade. Com isso, é possível o uso dos grandes potenciais que se tem não apenas na cidade, mas também no próprio estado do Rio Grande do Sul.

Como desafio, Evilásio Teixeira – Reitor da PUCRS, indica o alinhamento da visão de futuro coletivo sem restringir as próprias instituições. Além disso, Piqué lembra que é preciso alinhar quais desafios se tem para se chegar na visão futura. Também é importante definir um plano de ação para resolver os problemas e atingir as oportunidades.

O prefeito Marchezan considera o embasamento das experiências nacionais e internacionais, trazidas pelo movimento, um caminho para inspirar a cidade. Além disso, com estas experiências será possível colocar em prática ações efetivas para proporcionar melhorias para os porto-alegrenses.

Diante disso, mapear as capacidades e definir o que Porto Alegre quer ser para o mundo e para as pessoas do território são os próximos passos, segundo Piqué.

A VIA agradece o convite de estar junto ao sistema gaúcho e torce pelo sucesso do movimento!

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