Makerspaces – ecossistemas de inovação aberta
Nos dias atuais, a tecnologia possui um curto ciclo de vida graças à rápida inovação tecnológica. Assim, um dos desafios atuais é diminuir o tempo entre o processo de inovação e a inserção das novas tecnologias no mercado. Desta forma, utilizando como base a publicação de A. Böhmer et al. (2016), esse artigo tem o objetivo de discorrer brevemente sobre inovação tecnológica, ecossistemas de inovação aberta e makerspaces.
Ecossistemas de inovação aberta
Um ecossistema de inovação aberta (ou OIE, do inglês open innovation ecosystem) compreende aspectos de inovação aberta, inovação enxuta e laboratórios de inovação (Böhmer and Lindemann 2015). Dessa maneira, o principal elemento que constitui esse ecossistema é uma comunidade criativa e com mente aberta. Um dos exemplos de OIE são os makerspaces. Esses espaços podem parecer simples áreas de trabalho compartilhadas, porém possuem várias características de um ecossistema de inovação aberta.
Makerspaces são oficinas compartilhadas de fabricação digital, onde utilizando de tecnologias como impressoras 3D, máquinas de corte a laser e outras ferramentas, permitem que pessoas inovadoras se encontrem, socializem, colaborem e trabalhem em novas ideias. Assim, inovações da ciência e tecnologia são exploradas enquanto simultaneamente ocorre a troca de experiências e ideias dentro de uma rede de pessoas criativas. Dessa maneira, esses espaços são comumente utilizados para prototipação de peças, um artifício que pode ser utilizado em praticamente qualquer etapa do processo de inovação. Assim, pode se tornar um elemento determinante na aplicação de estruturas (frameworks) rápidas para o desenvolvimento de produtos físicos.
Desenvolvimento rápido de produtos
Agilidade é a capacidade de reação e adoção de mudanças esperadas ou inesperadas em um ambiente dinâmico de forma rápida e constante, utilizando (se possível) essas mudanças como uma vantagem (Böhmer et al. 2015). Em contraste com modelos clássicos lineares e iterativos, um modelo ágil passa por várias fases do processo concomitantemente. O principal motivo disso é dar prioridade a gerar efetivamente inovação inovação dentro do processo de inovação. Ao invés de optimizar o processo (manufatura enxuta) ou definir modelos de processos baseados em contexto (inovação aberta), o processo de inovação centra-se na característica do protótipo. Assim, makerspaces permitem que indivíduos utilizem desde simples equipamentos de prototipação até máquinas e ferramentas profissionais para essa finalidade.
Apesar disso, prototipação sem aprendizagem é por muitas vezes um desperdício, se tratando alocação de recursos. Por isso, um certo grau de planejamento conceitual é sempre necessário para o desenvolvimento de produtos físicos. Alternar ou adicionar recursos pode ser acompanhado por uma reconstrução do protótipo.
Makerspaces
Em conclusão, os makerspaces são iniciativas positivas para estreitar o caminho entre o projeto conceitual e o mercado tecnológico. Dessa forma, espaços contribuem para o modelo ágil como facilitadores de prototipação rápida, diminuindo o tempo necessário e o custo do processo.
A VIA – Estação Conhecimento possui um espaço environments com metodologia própria que está em contato com outros habitats de inovação. Assim, esse espaço está localizado no norte de Florianópolis, dentro do parque de inovação Sapiens Parque. Conheça mais sobre o VIA Maker clicando aqui!
Lúcio de Souza Silva
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