Ilha do Silício?
Há cerca de três décadas a cidade de Florianópolis já mostrava ser um “solo fértil” para a inovação. A cidade, tem boas escolas e universidades formando profissionais de alto nível em diferentes áreas ligadas à economia criativa. As entidades empresariais são fortes e atuantes e organizações governamentais e não-governamentais têm iniciativa e vontade de colaborar. Como consequência, um ambiente com ótima qualidade de vida (ROCHA, 2019).
Dessa forma, Florianópolis tem diversificado sua atividade econômica. Se tornando conhecida mundialmente não somente pelas inúmeras praias, pelo turismo e educação, mas também por sua vocação empreendedora. Do mesmo modo, o setor de empresas de base tecnológica é líder na geração de tributos municipais (TEIXEIRA, PIRES JUNIOR, MATOS, 2019).
Atualmente, as ações conjuntas entre a Prefeitura Municipal de Florianópolis e a Associação Catarinense de Tecnologia tornaram possível que o projeto da Innovation Network Florianópolis esteja em seu primeiro ano fomentando a inovação e estimulando os negócios locais. Portanto, elevando a capital catarinense no ranking mundial do empreendedorismo tecnológico (PMF, 2019)
Indicadores da cidade de Florianópolis
Diversos índices como: Connected Smart Cities, UNESCO, ENDEAVOR, dentre outros, apontam a capital catarinense como cidade criativa, cidade empreendedora e cidade inteligente entre as suas cinco primeiras colocações.
Florianópolis ainda é destaque positivo para capital de risco. A capital dobrou o número de transações de venture capital, expressando o potencial empreendedor da cidade, especialmente em empresas de tecnologia.
Segundo levantamento do observatório ACATE, o setor de tecnologia já representa 5,6% da economia do Estado (Faturamento do Setor/PIB de SC), com R$15,53 bi de faturamento. E ainda, Florianópolis se tornou o maior polo do país, com 2.552 colaboradores para cada 100 mil habitantes.
Santa Catarina despontou no cenário nacional em função do incentivo e apoio de instituições como a Associação Catarinense das empresas Tecnologia (ACATE). Que como consequência, percorre o Estado de Santa Catarina atuando em parceria com os habitats de inovação, colaborando para que o trabalho em rede se fortaleça.
O que dizem os números ?
Entre 2015 e 2017, o número de empresas catarinenses de tecnologia subiu 3,42%. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelas regiões Serrana e Oeste. As regiões tiveram um aumento de 10,44% e 4,75% na quantidade de empresas, respectivamente.
O polo de destaque do Estado, Florianópolis, atualmente conta com 4 mil empresas. Dessa forma, seu faturamento total é de R$ 6,4 bilhões e emprega 16,5 mil pessoas. Em relação ao faturamento médio, a capital fica com a quarta posição, com R$ 1,8 milhões.
Sendo assim, como não ser chamada de ilha do Silício? A capital catarinense pode ir além, desde que os atores institucionais, empresariais e governamentais continuem a trabalhar em conjunto, em prol do desenvolvimento local.
Milena Teixeira
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