O que são incubadoras?
As definições conceituais dos habitats de inovação: o caso das incubadoras!
Incubadoras são ambientes que tem como objetivo principal auxiliar empreendimentos em suas fases iniciais, oferecendo suporte por meio da disponibilização de espaço para locação por período limitado e serviços administrativos e assistenciais nas áreas como marketing, finanças, recursos humanos, entre outros (GREENE; BUTLER, 1996; INBIA, 2017)
Ao longo dos últimos anos, a agenda pública vem buscado desenvolver novos empreendimentos a fim de promover e estimular a inovação. Por isso parte majoritária dos países estão empenhando esforços e investimentos direcionados ao desenvolvimento de ambientes que possam promover o empreendedorismo nas economias nacionais (BERGEK; NORMANN, 2008; COELHO et al, 2014).
Por meio do processo de incubação espera-se criar valor para as empresas, oferecendo capacitações técnicas e gerenciais afim de superar as barreiras existentes nos primeiros anos de sua constituição juntamente com um ambiente próprio para se instalar (IBÁÑEZ; FARAH; CORRÊA, 2004; AZVEDO; GASPAR; TEIXEIRA, 2016)
Portanto, espera-se que as empresas incubadas após o período de incubação possuam um nível de capacitação adequado de modo a ingressar no mercado com sucesso, gerando empregos, diversificando e fortalecendo, economias locais, comercializando novas tecnologias e transferindo tecnologia de universidades e grandes corporações (TAVOLLETI, 2011).
É importante mencionar que as incubadoras inicialmente eram voltadas apenas para setores de conhecimento científico-tecnológicos, como informática, biotecnologia, automação industriais, entre outros. Por isso, eram denominadas como incubadoras de base tecnológica ou apenas incubadoras tecnológicas. Com o passar do tempo começaram a surgir novas demandas de diversos setores, fazendo com que as incubadoras começassem a se especializar em áreas específicas de acordo com a necessidade do local ou das instituições nos quais estão instaladas (AZEVEDO; TEIXEIRA, 2016).
No Brasil atualmente de acordo com dados da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), são encontrados 369 incubadoras que estão em operação, sendo 2.310 empresas incubadas e 2.815 empresas graduadas, gerando 53.280 novos postos de trabalho e um faturamento das empresas apoiadas por incubadoras que chega a mais de R$ 15 bilhões (AZEVEDO; TEIXEIRA, 2016).
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Referências Bibliográficas
AZEVEDO, Ingrid Santos Cirio de; TEIXEIRA, Clarissa Stefani. Incubadoras: alinhamento conceitual [recurso eletrônico]. Florianópolis: Perse, 2016. 29p. Disponível em: <http://via.ufsc.br/wp-content/uploads/2017/07/e-book-incubadoras.pdf>. Acesso em: 05 jun. 2018.
AZEVEDO, Ingrid Santos Cirio; GASPAR, Jadhi Vincki; TEIXEIRA, Clarissa Stefani. Análise Característica das incubadoras de base tecnológica. Revista Eletrônica do Alto Vale do Itajaí – REAVI, v.5, n. 8, p. 01-13, dez.2016.
BERGEK, Anna; NORMANN, Charlotte. Incubator Practice: a framework. Technovation, v. 28, n. 1-2, p. 20-28, 2008.
COELHO, Diego Bonaldo et al. Os desafios da Gestão na Incubação de Empresas: o Caso das Incubadoras de Base Tecnológica (IBT) do Estado de São Paulo. Anais… São Paulo: EAD/FEA/USP, 2014.
GREENE, Patrícia Gene; BUTLER, John Sibley. The minority community as a natural business incubator. Journal Of Business Research, v. 36, n. 1, p.51-58, 1996. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/0148-2963(95)00162-x>. Acesso em: 05 jun. 2018.
INTERNATIONAL BUSINESS INNOVATION ASSOCIATION – INBIA. Operational Definitions: Entrepreneurship Centers (Incubators, Accelerators, Coworking Spaces and Other Entrepreneurial Support Organizations). [S.l.], 2017. Disponível em: <https://inbia.org/wp-content/uploads/2016/09/Terms_4.pdf?x84587>. Acesso em: 20 maio 2018.
IBÁÑEZ, Andréia; FARAH, Osvaldo Elias; CORRÊA, Ângela Maria J. C. Incubadora de Empresas: Uma proposta de Estudo. Revista de Administração da UNIMEP, v. 2, n. 2, p. 1-15, maio/ago. 2004.
TAVOLETTI, Ernesto. Business incubators: effective infrastructures or waste of public money? Looking for a theoretical framework, guidelines and criteria. Journal of the Knowledge Economy, v. 4, n. 4, p. 423-443, 2011.
Por: Maria Carolina Zanini Ferreira – possui graduação em Relações Internacionais pela Unicuritiba (2013). Atualmente é mestranda em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (PROFNIT) pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e terminando seu MBA em Gestão de Projetos pela Universidade de São Paulo (USP).
Maria Carolina Zanini Ferreira
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