Edtechs Startups Da Educação

Edtechs: Como as startups têm ajudado na Educação?

Mapeamento identificou as principais Edtechs: startups da área da Educação em 2020

A Associação Brasileira de Startups (ABStartups) em parceria com o Centro de Inovação para Educação Brasileira (CIEB) identificou e discutiu os perfis de 566 edtechs mapeadas em 2020. Assim, analisavam quais especificamente eram suas áreas de atuação educacional, além dos impactos da pandemia nesse panorama.

Edtechs: startups da educação

Embora a definição de startup varie na literatura, há um consenso ao retratá-las como empresas inovadoras, normalmente escaláveis, que utilizam da tecnologia no oferecimento de soluções para uma demanda. Dessa forma, atuam em diversos segmentos: saúde, alimentos, agronegócio, entre outros.

Assim, as edtechs (termo que vem da junção de “education”+”technology”) são aquelas startups que possuem seu foco específico voltado para as demandas das áreas educacionais.

O relatório do mapeamento considera duas características principais nesse segmento:

“1) O uso de alguma forma da tecnologia, que significa a aplicação sistemática de conhecimento científico para tarefas práticas.

2) A tecnologia como facilitadora de processos de aprendizagem e aprimoramento dos sistemas educacionais, gerando efetividade e eficácia.” (ABStartups; CIEB, 2020, p.5)

Edtechs: startups da educação

Fonte: unsplash

Onde estão?

Sem surpresas em relação aos anos anteriores, o mapeamento aponta que a maior parte dessas startups (mais da metade, de fato), está localizada na região sudeste. Além disso, também destaca o norte como a região com o menor índice, conforme apresentado no mapa “Distribuição Geográfica” constante no relatório:

edtechs startups da educação

Fonte: Abstartups; CIEB, 2020, p.10

Como as startups ajudam na educação?

As áreas educacionais são amplas e em 2020, como resultado da pandemia, precisaram de diversos apoios tecnológicos. Assim, as formas de atuação das startups mapeadas também é variada.

A maioria delas (165 ou 29%) teve seu tipo de tecnologia identificado como plataformas de oferta de conteúdos on-line.

estudante olhando para computador

Fonte: unsplash

Nessa modalidade, são expostos cursos, jogos ou objetos digitais de aprendizagem, podendo ser ofertados através de vendas individuais, assinaturas ou até com acesso livre para o público-alvo. Dessa forma, elas possibilitam uma forma de aprendizado autônomo para o aluno.

Do mesmo modo, aquelas que se referem apenas a jogos educativos (27 ou 2,8%), cursos onlines (22 ou 3,9%), objetivos digitais de aprendizagem (21 ou 3,7%) e ambientes virtuais de aprendizagem (31 ou 5,5%) também surgem como ferramentas de interação com finalidade pedagógica que são capazes de reforçar o desenvolvimento do aluno em relação aos conteúdos oferecidos.

Não obstante, reforça-se que nem sempre as soluções ofertadas têm como público-alvo estudantes em si. Então, também são apresentadas tecnologias identificadas como ferramentas de apoio à gestão administratrivo-financeira (23 ou 4,1%), ferramentas de apoio à gestão pedagógica (31 ou 5,1%), ferramentas de avaliação do estudante (53 ou 9,4%) e até mesmo ferramentas de apoio a aula (5 ou 0,9%), estas definidas “como tecnologias que oferecem apoio ao professor em um ou alguns processos pedagógicos relativos ao planejamento e/ou execução de aulas presenciais” (ABStartups, CIEB, 2020, p. 35).

Por fim, as tecnologias ainda se estendem por muitas outras áreas como repositórios digitais, ferramentas maker, hardware educacional, entre outras, todas com suas estatísticas disponibilizadas no relatório.

Edtechs e setor público: funciona?

Da mesma forma, o relatório do mapeamento de 2020 apresenta estatísticas do relacionamento com o setor público. Aponta-se que, das edtechs mapeadas, 13% declararam que já venderam/ofereceram suas soluções para órgãos públicos. Dessa forma, as áreas de público-alvo direcionado variam entre aquelas da educação básica, corporativa, cursos livres e até cursos preparatórios.

Ainda, o relatório aponta que existem desafios a serem superados nesse relacionamento com as áreas públicas. Uma comunicação clara e alinhada entre startups e setor público, assim como a necessidade de os gestores públicos se familiarizarem com o processo de contratação dessas empresas são dois apontamentos do relatório.

Para ter acesso ao relatório completo, acesse: https://abstartups.com.br/mapeamentos-edtech/

Oportunidade

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Carlos Marcelo Faustino da Silva

Mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento, um dos primeiros pesquisadores nacionais a abordar ambidestria organizacional sob a perspectiva da inovação aberta. Contador pela UFMT, mentorava startups desde a graduação, por isso começou a atuar próximo a ambientes de inovação, já tendo fundado e administrado núcleos de incubação de empresas. Atualmente, segue mentorando startups e empresas de outras configurações, e estudando estratégias para melhorias de metodologias em ambientes de inovação.