
Da ciência à inovação: proteção de invenções para geração de inovações
A VIA Revista de Propriedade Intelectual apresenta a temática abordando diversas perspectivas e uma das pautas mostra a importância da Proteção das invenções para geração de inovações pelas Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs).
A importância das ICTs
As ICTs por meio de pesquisa e desenvolvimento têm o potencial de fazer descobertas resultarem em invenções, ou seja, em novos conhecimentos ou melhorias significativas em determinado campo do conhecimento. Essas criações intelectuais podem ser materializadas sob a ótica do direito de propriedade intelectual (PI), e quando geram valor para a sociedade, caracterizam-se como inovações.
Sabe-se que as tecnologias desenvolvidas nas ICTs possuem um valor de mercado muito alto segundo Trzeciak et al (2012). Portanto, conectar o agente que demanda constantemente novas soluções com o agente que possui a oferta necessária para
gerar tais oportunidades, ocasiona a transferência de tecnologia (Ferreira; Teixeira; Flôr, 2016).
Nesse contexto, torna-se importante promover uma cultura empreendedora nas ICTs. Ações empreendedoras baseadas na Propriedade Intelectual, a distribuição de royalties, a criação de vitrines tecnológicas e parcerias entre universidades e empresas, são exemplos concretos que contam com o respaldo dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT).
Além disso, para desenvolver a ideia de um produto em um negócio, as ICTs podem apoiar os acadêmicos por meio de atividades das pré-incubadoras e incubadoras que tem a finalidade de fornecer capacitações técnicas e gerenciais ou até instalações físicas para gerar valor para as ideias e empresas nascentes.
Outro ponto que pode se destacar é o arcabouço jurídico que as ICTs podem criar a fim de orientar essas práticas empreendedoras, como uma Política de Inovação e Empreendedorismo.
Cases de conhecimento científico que geraram inovações pela UFSC
Um dos cases da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) oferece uma solução de saúde e bem-estar, refere-se ao codesenvolvimento de uma patente pela Ypy e pela UFSC, registrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), que se trata de um suplemento alimentar desenvolvido para aliviar os sintomas da quimioterapia e atender às necessidades nutricionais.
Outro exemplo é o caso de um laboratório que desenvolveu um sistema de Telemedicina com o propósito de facilitar o acesso dos cidadãos a exames médicos e à emissão de laudos à distância por especialistas que não necessariamente se encontram na mesma localidade ou cidade que o paciente.
Para transferir essa tecnologia, o NIT da UFSC (SINOVA) lançou um edital de oferta tecnológica para garantir igualdade de oportunidades para órgãos e instituições públicas em todo o país, visando melhorar os serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Esta iniciativa teve como objetivo consolidar tecnologias e resultados de pesquisas básicas, adaptando-os e testando-os em ambientes práticos.Assim, desde que o edital foi lançado em 2021, a tecnologia foi licenciada para quatro instituições públicas, quatro regiões do Brasil utilizam a tecnologia STT para melhorar a qualidade de vida de sua população.
Para saber mais detalhes confira o texto completo na revista!
Referências bibliográficas
TEIXEIRA, C. S.; BIZ, A. A.; TEIXEIRA, M. M. C. (Orgs.). Inovação e suas características: alinhamento conceitual. São Paulo: Perse, 2019.
TRZECIAK, Dorzeli Salete et al. Estruturação e gestão de núcleos de inovação tecnológica: modelo PRONIT. Blumenau: Nova Letra, 2012. 338p
Juliana de Souza Corrêa
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