São Paulo

Região Metropolitana de São Paulo como centro da inovação do Brasil

Esse post tem como objetivo apresentar os aspectos que tornam a região metropolitana de São Paulo o centro da inovação no país. Utilizando como base a publicação Região Metropolitana de São Paulo como centro da inovação do Brasil (2015), de autoria de Sandra Lencioni, professora titular sênior da Universidade de São Paulo.

São Paulo e a Inovação

Inovação e conhecimento não são exclusivos da sociedade contemporânea, sendo portanto uma faculdade humana e inerente ao processo civilizatório. De acordo com a autora, criar, descobrir e inventar constituem ações de qualquer sociedade, independente de qual época. Hoje temos a inovação fortemente relacionada à criação de produto ou processo, relativos a bens ou serviços. Temos assim, a mercantilização da inovação, que por essa perspectiva é vista como um recurso urbano relacionado à produção industrial. Sabendo disso, a autora discorre sobre o tema em uma referência a região metropolitana de São Paulo como centro da inovação produtiva da economia brasileira.

Inovação produtiva e sua particular relação com o urbano

As inovações que constituem em bens e serviços estão presentes em todos os lugares, e são de suma importância para os avanços das forças produtivas. De uma ótica pouco convencional, é possível dizer que o conhecimento é uma nova forma de recurso urbano, algo que diferencia as cidades. E uma das características observadas, é a aglomeração dessas atividades em centro urbanos, materializando as condições gerais para que se desenvolvam inovações. É importante lembrar que durante o processo de industrialização, as atividades industriais produziram cidades, frequentemente próximas de matérias-primas ou fontes de energia. Assim, posteriormente com o avanço dos meios de locomoção, as cidades puderam prosperar independentes dessas características. Um dos setores industriais que caminha lado a lado com a urbanização, é o setor civil.

Concentração da inovação na indústria e no urbano

No âmbito da atividade industrial, é importante ressaltar que a inovação não se restringe à produção. A inovação abrange toda a parte de serviços e organizacional. Dessa forma, considerando a distribuição de atividades industriais do Brasil, temos um grande concentração. 31,3% das indústrias consideradas inovadoras do país em 2011 estavam no estado de São Paulo. Seguidos pelo estado de Minas Gerais (14.1%), Rio Grande do Sul (11,2%), Santa Catarina (8,6%) e Paraná (8,3%). Assim, temos que no ano de 2011, apenas 5 estados brasileiros concentravam 73,5% das indústrias inovadoras. É também nesses estados que há o maior número de pesquisadores envolvidos em atividades de P&D, sendo São Paulo o primeiro da lista novamente (46,6%).

A indústria inovadora determina algumas condições para existir. Dessa forma, a autora destaca proximidade física de universidades de pesquisa, estabelecendo sinergia entre academia e o setor industrial. Os centros de pesquisa são imprescindíveis à inovação industrial, principalmente as de grande porte. Em São Paulo são destaque a USP (Universidade de São Paulo), a Unicamp (Universidade de Campinas), a Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) e de maneira mais específica, o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).

Políticas públicas federais também incentivam a inovação por intermédio de programas. Esses programas também demonstram grande concentração no Sul e Sudeste do pais, com ênfase na macro metrópole paulista, constituída por cinco regiões metropolitanas: São Paulo, Campinas, Vale do Paraíba, Sorocaba e Baixada Santista. Esse território tem a maior concentração de indústrias de inovação do país, em especial a região metropolitana de São Paulo.

Para ler o artigo Região Metropolitana de São Paulo como centro da inovação do Brasil na íntegra, clique AQUI.

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Lúcio de Souza Silva

Graduando em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Santa Catarina. Entusiasta de qualquer atividade relacionada a inovação e tecnologia.