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Painel ACIL – VIA: Desafios do empreendedorismo feminino

Por meio de um convite da ACIL Jovem, núcleo multissetorial lageano, a VIA participou de um dos painéis sobre empreendedorismo feminino durante a semana do empreendedor em Lages, Santa Catarina. O evento foi o 11º Seminário do Empreendedor da Uniplac. Venha de carona conosco!

Empreendedor, segundo Muniz (2008), é aquele que faz as coisas acontecerem. Antecipa-se aos fatos e apresenta uma visão futura da organização. Dessa forma, introduz inovações. Os chamados empreendedores exercem a função de atender às necessidades mutantes da sociedade e ao crescimento do mercado (AMORIM; BATISTA, 2012).

Barreto (1998) define empreendedorismo como a habilidade de se conceber e estabelecer algo partindo de muito pouco ou quase nada. O autor não atrela esta capacidade a uma característica de personalidade, já que considera o empreendedorismo como um comportamento.

PORQUE AS MULHERES EMPREENDEM

O empoderamento feminino consiste num processo desencadeado por meio da conscientização da mulher acerca do seu papel, do seu lugar e das suas possibilidades. Nesse sentido, o empreendedorismo feminino surge. Mulheres empreendem por uma necessidade, o seu comportamento visa resolver um problema social primeiramente.

As mulheres, de maneira geral, possuem como característica natural maior sensibilidade. E assim, empatia, comprometimento e vontade de ajudar. Essas são algumas das características que auxiliam uma mulher a se tornar uma empreendedora de sucesso na área de serviços por exemplo (AMORIM, BATISTA, 2012).

Em 2017,o Brasil esteve a frente como a 3ª maior proporção de mulheres empreendedoras. Entretanto, em 2018 o Brasil caiu para a 7ª posição nos empreendimentos iniciais em 49 países. A conversão de “Empreendedoras” em “Donas de Negócios” é 40% mais baixa, comparado aos homens. Nesse sentido, há uma desistência maior entre as mulheres.

Varias mulheres

DADOS SOBRE EMPREENDEDORISMO FEMININO EM 2018

De acordo com o Sebrae, as empresárias são mais jovens do que os homens. As empreendedoras têm maior escolaridade, cerca de 16% maior do que os homens. As Donas de Negócio são cada vez mais, “Chefes de domicílio” chegando á 45%. Por consequência, as mulheres empreendedoras, em sua maioria, têm apenas um trabalho.

As Donas de Negócio estão à frente de negócios de menor porte. Sendo que é mais alta a proporção de mulheres que trabalham por conta própria, em torno de 87%. As mulheres Empresárias (com CNPJ) tomam menos empréstimo a proporção é menor e o valor médio do empréstimo é menor.

Entretanto, as mulheres empresárias pagam taxas de juros maiores, apesar da taxa de inadimplência das mulheres ser mais baixa. Quase metade dos MEI existentes no país são mulheres 48%. As mulheres MEI se destacam nas atividade de beleza, moda e alimentação.

EMPREENDEDORISMO FEMININO

As mulheres apresentam uma ótima capacidade de persuasão e se preocupam com clientes e fornecedores. Tais características contribuem fortemente para o progresso da empresa, bem como para a criação de laços mais fortes entre a empreendedora e sua rede (AMORIM; BATISTA, 2015).

Deere e Leal (2002) apontam como condição prévia para o empoderamento das mulheres a organização delas em espaços democráticos e participativos como associações. Os dados apresentados nas pesquisas confirmam a ascensão da mulher no empreendedorismo e mostram que mulheres encontraram no empreendedorismo um caminho para sobrevivência.

Assim, o “poder” pode ser fonte de opressão, autoritarismo, abuso e dominação, como pode ser fonte de emancipação, reconhecimento e valorização da mulher na perspectiva do empoderamento feminino(MELO; LOPES, 2013).

Quer saber mais sobre outros tipos de entrepreneurship? Acesse nosso Blog.

BIBLIOGRAFIA

AMORIM, Rosane Oliveira; BATISTA, Luiz Eduardo. Empreendedorismo feminino: razão do empreendimento. Núcleo de Pesquisa da FINAN, v. 3, n. 3, p. 1-14, 2012.

BARRETO, Luiz Pondé. Educação para o empreendedorismo. Salvador: Escola de Administração de Empresas da Universidade Católica de Salvador, 1998.

DEERE, Carmen Diana; LEAL, Magdalena León. O empoderamento da mulher: direitos à terra e direitos de propriedade na América Latina. UFRGS Editora, 2002.

MELO, Marlene Catarina de Oliveira Lopes; LOPES, Ana Lúcia Magri. Empoderamento de mulheres gerentes: a construção de um modelo teórico de análise. Gestão & Planejamento-G&P, v. 13, n. 3, 2013.

 

 

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Milena Teixeira

Bibliotecária e Mestranda em Engenharia do Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina, onde dedica-se a pesquisar centros de inovação e parques científicos, tecnológicos e de inovação. Entusiasta da cultura de empreendedorismo e inovação, nas horas livres participa e faz a cobertura de eventos na área para o Grupo VIA.

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