Workshops VIA para ecossistema de inovação
Metodologias auxiliam no mapeamento e fortalecimento de ecossistemas de inovação
Os habitats de inovação estão entre os temas mais discutidos na era da economia do conhecimento. Entretanto, se eles apresentam resultados a ponto de se destacar nesse contexto, é porque se baseiam na operação de todo um ecossistema de inovação, contando com atores em interação que contribuem para as práticas de inovação e empreendedorismo. No mundo, diferentes iniciativas buscam impulsionar a conexão das organizações locais e globais em prol de um mesmo propósito: a inovação. Assim ocorreu em Barcelona com o lançamento de seu Pacto pela Ciência e, em Medellín, com o Pacto pela Inovação.
No Brasil, algumas iniciativas estão apostando na orquestração dos seus ecossistemas. Santa Catarina, por exemplo, lançou em outubro de 2017, o Pacto pela Inovação. Porto Alegre, seguindo o mesmo caminho, lança em 2018 a Aliança pela Inovação.
Já conhece o ecossistema de Santa Catarina? Acesse o mapa com os atores catarinenses aqui!
Em muitos casos, as estratégias de inovação perpassam o mapeamento do ecossistema como principal ferramenta para minimizar os riscos e dar maior segurança aos resultados. Entretanto, como ação inicial, conhecer os pares em uma mesma região, identificar as práticas e as necessidades latentes deste ecossistema, são algumas das ações que o grupo de pesquisa em habitats de inovação e empreendedorismo – VIA Estação Conhecimento têm realizado.
Neste contexto, a VIA iniciou o reconhecimento de atores das diferentes regiões do Brasil. Santa Catarina e Rio Grande do Sul já apresentam reconhecimento de atores.
VIA apresenta metodologia de mapeamento de ecossistema de inovação
A partir das necessidades de integração e orquestração de ecossistemas foi criada a nossa metodologia. Esta permite a compreensão e o estímulo para a conexão dos atores envolvidos com as propostas de inovação e empreendedorismo de um território. A metodologia permite que, de forma colaborativa, haja a identificação dos atores e ações realizadas pelas organizações. Segundo a profa. Dra. Clarissa Stefani Teixeira, líder da VIA, o exercício do mapeamento permite visualizar os riscos associados às inter-relações dos atores envolvidos em dado ecossistema. São sete atores (hélices) que se levam em consideração:
Os workshops conduzidos pela VIA permitem que diferentes atores se posicionem em termos de ações existentes e das necessidades a partir de requisitos necessários para o fomento da inovação e do empreendedorismo. Mesmo que com práticas nascentes, o primeiro passo para a busca da interação e conexão é saber quem é quem no ecossistema. Assim, a metodologia inicia com o entrosamento dos atores, seu reconhecimento e a identificação da realidade atual do ecossistema.
Ecossistemas precisam ser orquestrados
A construção de ecossistemas, mesmo que por vezes orgânica, precisa de alinhamento de propósito. Desta forma, as instituições devem agir em prol de um mesmo objetivo. Esse objetivo, para ser atingido, precisa estar claro para todos, permitindo que estes consigam interagir e caminhar juntos em uma mesma jornada.
Clarissa explica que, em muitos casos, nem mesmo os atores estão focados em realizar ações que culminem em objetivos macros para elevar a região à um status diferenciado.
O propósito precisa estar em consonância, na prática e no discurso dos diferentes atores. Este, se difere muito de região para região, considerando suas características particulares, como a cultura, mas em todas as situações precisa estar em consonância com as expectativas: seja para criar uma cultura em empreendedorismo e inovação ou mesmo criar ambientes que impulsionem o nascimento e fortalecimento de startups. Assim, a metodologia auxilia nestas percepções e ainda possibilita a tomada de decisão para o alinhamento do propósito. Com ela há concordância entre as estratégias de organizações diferentes. Além disso, a metodologia é o primeiro passo para iniciar um movimento de confiança entre os atores do ecossistema.
A confiança é o maior redutor natural de custos de transação em negócios. A confiança também diminui os formalismos e burocracias existentes entre as negociações o que potencializa e otimiza as ações do ecossistema.
Cidades avançam em prol da inovação e do empreendedorismo
A VIA tem realizado workshops no ecossistema de inovação de diferentes locais. Florianópolis e Chapecó, em Santa Catarina, já tiveram seus mapeamentos realizados. Desta vez, Santa Maria – Rio Grande do Sul, iniciou suas tratativas de chamamento do ecossistema de inovação.
Atores do ecossistema de inovação de Chapecó
Com diversas iniciativas com potencial de inovação e empreendedorismo, Santa Maria toma decisão de articular os atores a fim de potencializar suas ações. Desta forma, a cidade desde de 2016, vem realizando conexões com outros ambientes. Comitivas acompanharam o ecossistema de inovação de Santa Catarina, especialmente de Florianópolis, como forma de prover inspiração para os líderes da cidade. Em 2018, a VIA auxilia no mapeamento do ecossistema de inovação. Com isso, identifica as necessidades de melhorias para que a orquestração siga em prol da inovação e do empreendedorismo da cidade.
Santa Maria hoje conta com diferentes habitats de inovação, tais quais um parque, incubadoras, aceleradora, núcleo de inovação tecnológica e coworking. Importantes instituições de ensino superior fazem parte do ecossistema. Além disso, atores institucionais demonstram interesse no apoio a construção de uma cidade melhor. Assim, o mapeamento possibilitou a identificação dos principais gargalos em termos de articulação, conexão, informação, inovação, talentos, capital, atração de investimentos, especialização inteligente, desenvolvimento urbano e comunidade.
O plano de ação de Santa Maria – Rio Grande do Sul
Clarissa considera que há potenciais a serem explorados. Estes, se associam principalmente a Gare e Vila Belga. Conclui que a atenção a estes espaços pode mudar o status da cidade. A professora relembra as iniciativas mundiais como as de Medellín na Colômbia, Puebla no México, Soho em Londres, e La Boca em Buenos Aires. A revitalização dos espaços públicos permite que problemas sejam minimizados. Além disso, espaços revitalizados são propícios para a permanência do cidadão e de empreendedores.
A partir das recomendações foi criado uma comissão com representantes das hélices do ecossistema de inovação. As reuniões começam a ser realizadas e planos de ação são estruturados de forma a unir forças para que novos empreendedores tenham cada vez mais oportunidades. A cidade conhecida pelos talentos que são lançados no mercado também se preocupa em ser atrativa para a continuidade da vida profissional. Morar, trabalhar e se divertir em um mesmo local faz parte da nova agenda da região. Assim, os atores estão empenhados para que, em um movimento colaborativo, haja maximização das ações em torno do empreendedorismo, da criatividade e da inovação.
Quer saber sobre os atores do ecossistema de inovação? Acesse aqui!
A VIA continua acompanhando Santa Maria no desejo de sucesso! #AvanteSM #GoGoGo
Atores do ecossistema de inovação de Santa Maria
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