Atenua(r) Cidade VIA

Pesquisadores do VIA participam do Atenua(r) Cidade: oficina de fotografia e poesia visual no centro de Florianópolis

Cultura e identidade como propulsoras do desenvolvimento

O fato de que a cultura e a criatividade são propulsoras do desenvolvimento regional, tanto pela perspectiva econômica quanto social, já é uma pauta bastante conhecida pelos pesquisadores da área.

Nesse aspecto, a identidade de uma cidade torna-se um ativo capaz de fazer com que além de única – pois cada uma possui sua identidade referenciada aos elementos históricos e regionais -, a cidade também se torne cada vez mais atrativa. A valorização e o reconhecimento da identidade local de determinado território influencia em diferentes frentes sociais, econômicas e políticas relevantes a serem consideradas ao lidar com a complexidade urbana.

Uma das áreas a serem pontuadas nesse aspecto é próprio empreendedorismo, visto que uma cidade atrativa estende seus impactos positivos tanto na área do turismo como na retenção de moradores e talentos que já são locais.

É unânime nos estudos de cidades criativas que a cultura local precisa estar presente no cotidiano dos cidadãos. Do mesmo modo, as tendências em cidades inteligentes consideram também esses aspectos, enquanto buscam meios de favorecer o bem-estar cidadão, estudando formas de tornar o contexto urbano mais favorável ao aumento da qualidade de vida de seus habitantes.

Atenua(r) Cidade – o resgate da identidade do centro de Florianópolis

Destacada a importância de se voltar atenção especial para a identidade das cidades, no mês de fevereiro pesquisadores do grupo VIA Estação Conhecimento marcaram presença na oficina Atenua(r) Cidade. Contemplada pela Lei Aldir Blanc em Santa Catarina 2021 na categoria Artes Visuais, a oficina trouxe como proposta “[…] revisitar o Centro Histórico Oeste e Leste da cidade, buscando focar no que possivelmente já olhamos muitas vezes, mas nem sempre com o mesmo foco ou luz.” [1]

Os participantes foram guiados pelas áreas selecionadas e através de instruções de fotografia e observação com foco na arquitetura, pessoas e detalhes “perdidos” em meio ao Centro Histórico, sendo então apresentados aos registros arquitetônicos, históricos e culturais que se preservam nessas ruas e que compõem parte da identidade Florianópolis [1].

Ainda, após as caminhadas os participantes foram convidados a prolongar a oficina visando uma criação textual que intitulasse, acompanhasse ou ainda interferisse nas fotografias realizadas, seja por colagens, montagens ou legendas que possam produzir textos multimodais [1].

No espaço urbano, em que memória e presença, imagem e texto se imbricam em inúmeras narrativas, a tessitura visual é multimodal. Ela é som/movimento, ela é visão periférica que torna-se objeto focal. Também é uma série de inscrições e testemunhos escritos que dialogam nas paredes, palavras que se entrelaçam aos grafites, insígnias de lojas que se anexam à arquitetura e perspectiva de uma rua, à silhueta dos passantes. [1]

A oficina foi finalizada em março, com uma exposição das fotografias projetada na escadaria do Teatro da Ubro.

Apresentação final com projeção dos resultados na escadaria do Teatro da Ubro / Imagem por: joaquimscbr

 

Acompanhe o Atenua(r) Cidade: parte das diversas fotografias resultantes da oficina podem ser observadas na rede social do projeto clicando aqui.

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REFERÊNCIAS

[1] Informações retiradas do formulário de inscrição.

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Carlos Marcelo Faustino da Silva

Mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento, um dos primeiros pesquisadores nacionais a abordar ambidestria organizacional sob a perspectiva da inovação aberta. Contador pela UFMT, mentorava startups desde a graduação, por isso começou a atuar próximo a ambientes de inovação, já tendo fundado e administrado núcleos de incubação de empresas. Atualmente, segue mentorando startups e empresas de outras configurações, e estudando estratégias para melhorias de metodologias em ambientes de inovação.