V Circuito de Habitats de Inovação e Empreendedorismo marca debate entre gigantes
Conexão dos habitats de inovação marca Circuito
Uma das atividades do grupo VIA Estação Conhecimento é a aproximação dos atores do ecossistema de forma a levar o conhecimento produzido na academia e, em contrapartida, levar a realidade das práticas para dentro da universidade. A partir da nossa missão “promover transferência de conhecimento entre academia, empreendedores, governo e sociedade, por meio de ações de ensino, pesquisa e extensão, buscando sinergias de um trabalho colaborativo” o Circuito de Habitats de Inovação e Empreendedorismo surgiu!
Em sua V edição, o evento apresentou os conceitos das principais tipologias de habitats de inovação reunindo o ecossistema de inovação para um debate do que está sendo realizado por esses ambientes, quais os desafios e perspectivas futuras. O V Circuito de Habitats de Inovação e Empreendedorismo, realizado no Museu da Escola Catarinense – no Distrito Criativo contou com a presença de Carolina Menegazzo do Sapiens Parque, Jean Vogel – Rede de Centros de Inovação do Governo do Estado de Santa Catarina, Marcos Buson – Darwin Starter e Gabriel Sant’Ana Palma Santos – Incubadora MIDITEC.
Experiências internacionais balizam Santa Catarina
Santos comenta que as incubadoras, surgidas na década de 80, começam a passar por crises de identidade com o surgimento e expansão das aceleradoras. Entretanto, considerando o alinhamento conceitual, pode-se dizer que o papel é diferente. Observa-se inclusive que muitas das empresas incubadas pelo MIDITEC são aceleradas, tanto pelos habitats do estado quanto do Brasil e do mundo.
Na China por exemplo, existe um caminho para o empreendedor e este pode ser considerado como sendo um passo a passo. As pré-incubadoras apresentam ligação com a graduação, mestrado e doutorado e desenvolvem suas ideias em processos dentro das universidades. Os projetos com maior potencial recebem investimentos e migram para a participação nas incubadoras, assim as propostas são acompanhadas por processos de incubação. No entanto, aquelas que tem potencial internacional vão para a aceleração de forma a ganhar mercado.
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No Brasil, observa-se que a sequência não é semelhante. Na verdade, ela em muitos casos não existe, embora por vezes aconteça de um empreendedor passar por processos de incubação e, na sequência aceleração.
Habitats de Santa Catarina buscam expansão e enfrentam os desafios
Desde que a incubadora MIDITEC foi inaugurada, pode-se dizer que os desafios dos empreendedores no Brasil são diferentes. Hoje as propostas que chegam até a incubadora continuam sendo analisadas, mas o mais importante são os times que concorrem ao processo de incubação! As incubadoras estão em funcionamento para encontrar de fato o nicho de mercado das startups e validar definitivamente o modelo de negócio.
Buson explica que o processo das aceleradoras pode ser considerado como um meio, ou seja, um trampolim e não o fim da jornada dos empreendedores. O papel das aceleradoras é mais direta ao mercado e mais relacionado aos investidores privados de forma a dar a continuidade as propostas existentes.
Vogel considerada que mesmo frente a diversas iniciativas, tanto públicas quanto privadas, o número dos habitats de inovação ainda é muito baixo frente a necessidade de investimentos que são relacionados a outras áreas o governo. O baixo investimento em inovação e infraestrutura para a inovação pode ser considerado um dos problemas. Vogel relembra que o Governo entrega o que a sociedade quer e destaca a importância de ações como as do Circuito. Entretanto, nenhum outro estado do Brasil está investindo em Centros de Inovação como a forma que Santa Catarina vem fazendo.
Vogel considera ainda a produção científica das universidades catarinenses como potencial para as ações de inovação e empreendedorismo. Mesmo assim a conexão entre empresas e universidades ainda pode ser considerada um desafio. O Centro de Inovação vem a ser a “zona mista” onde a academia é atraída de forma a encontrar os empresários para gerar ou agregar valor. O formato de rede também potencializa o encontro dos tipos de conhecimento ou infraestrutura necessárias. E os atores da tríplice hélice, locais e regionais, podem agir de forma conjunta para solucionar os problemas existentes.
Buson indica que alguns dos desafios dos habitats se associam aos estágios de empreendedores. Hoje há expansão de diversos atores dos habitats de inovação. Mas o problema é identificar se o ecossistema ainda tem capacidade de ter propostas interessantes para os processos dos habitats. O que se vê hoje é um movimento de expansão dos habitats para outros estados de forma a ampliar os horizontes de atuação.
Há alguns anos atrás, Menegazzo relembra que essas iniciativas foram consideradas e assim nasceu o Sapiens Parque. Hoje, o maior Parque de Inovação do Brasil pode ser considerado como um hub de conexão entre pequenas e grandes empresas. Mais que isso, o ambiente do Parque consegue concentrar a atuação da academia, empresas e governo.
Entretanto, como desafios Menegazzo ainda indica que as necessidades, expectativas e apoio entre diferentes portes empresariais são distintos. O Parque vem a proporcionar que os atores sejam apoiados, mesmo em diferentes perspectivas. Salienta ainda que não apenas empresas e academia se encontram no Parque, mas que o Sapiens também vem sendo berço de importantes habitats de inovação que operam seus processos no ambiente do Parque.
Como desafio Buson ainda explica sobre a necessidade de talentos, de pessoas bem graduadas nas temáticas dos habitats de inovação e com atuação prática nos ambientes. Tema esse para discutirmos em próximos Circuitos! #Go
Assista na íntegra como foi o V Circuito de Habitats de Inovação e Empreendedorismo
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