O dilema do inovador: a importância da inovação disruptiva para organizações.
O dilema do inovador é uma teoria projetada para explicar o fenômeno psicológico e econômico em relação às inovações disruptivas. A inovação disruptiva é aquela que cria um novo mercado e desestabiliza os concorrentes que antes o dominavam. Dessa forma, tornando os antigos produtos ou serviços obsoletos. Esse termo foi criado por Clayton Christensen, professor da universidade de Havard. Ele se inspirou no conceito de “destruição criativa” criado pelo economista Joseph Alois Schumpeter em 1939 na obra Business Cycles: A Theoretical, Historical, and Statistical Analysis of the Capitalist Process (Ciclos de Negócios: Uma análise teórica, histórica e estatística do processo capitalista, em tradução livre) para explicar os ciclos de negócios.
O dilema e o papel da inovação
A teoria descreve que a inovação disruptiva em primeiro momento é inferior e menos lucrativa que os produtos e serviços já existentes, por isso, menos convidativa a investimentos. Isso ocorre, pois, a melhoria de um produto leva tempo, consome recursos e exige um elevado número de iterações. Além disso, a inovação disruptiva inicialmente irá atender a uma base reduzida de clientes, pois há resistência cultural. Por outro lado temos as inovações de sustentação, que são as que já estão inseridas no mercado atual e, ao invés de criar novas redes de valor, aumentam e melhoram as já existentes.
Por isso, empresas bem consolidadas possuem tendem a não investirem em tecnologias disruptivas em seus estágios iniciais. Pois, além de possuírem um mercado limitado e margens de lucro pequenas, apresentam grande risco. É muito mais confiável investir em produtos que já deram certo. Por outro lado, o potencial de crescimento de um produto de inovação de sustentação é limitado.
Como funciona?
Uma vez que a inovação disruptiva se torna popular, as empresas que antes rejeitavam as mudanças, tentam incorporar esse novo produto ou serviço. Entretanto, muitas vezes já é tarde demais, o que pode levar a falência empresas de demoram a entender essas mudanças. Isso expõe um problema em grandes organizações tradicionais, que se agarram a uma fatia bem determinada do mercado e arriscam pouco, muitas vezes perdendo potencial de lucro e ficando a mercê da inovabilidade do mercado.
Por isso, nessas grandes organizações é importante ter uma unidade separada para inovações disruptivas. Isso se deve ao fato de que as expectativas de crescimento desse tipo de inovação não são compatíveis com modelos de negócios tradicionais. O processo criativo deve existir, mas ser realizado de forma que não interfira no produto ou serviço núcleo da empresa.
Lúcio de Souza Silva
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