O Movimento Maker nos EUA
O Movimento Maker
O movimento maker é um termo genérico para descrever comunidades de inventores e projetistas independentes. Visto como uma segunda revolução industrial (Anderson, 2012), os autodenominados makers são visto como empreendedores modernos. Assim, utilizando de programas de prototipação digital, máquinas de manufatura aditiva, cortadoras CNC e outros equipamentos, permitem a livre criação. Além disso, tornam-se aptos a resolução de problemas de forma totalmente independente. Dessa forma, não é incomum que adeptos do movimento sejam vistos com bons olhos tanto por empresários quanto pelo meio acadêmico. Pois sua versatilidade permite tanto que seja um ambiente de aprendizagem quanto um ambiente de prototipação e criação. Dessa forma, esse post tem o objetivo de demonstrar como essa comunidade é vista nos Estados Unidos da América.
FabLabs e o Movimento Maker
Um dos grandes impulsionadores desse movimento no país foi Neil Gershenfeld, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Ele criou no início da década passada um ambiente com finalidade pedagógica no qual permitia que pessoas resolvessem problemas criando suas próprias ferramentas. Esse espaço, chamado de FabLab (Laboratório de Fabricação) foi utilizado como modelo da criação da Fab Foundation, fundação responsável pela disseminação desses espaços ao redor do mundo (Wilczynski, 2015). Dessa forma, com metodologia própria e regras bem estabelecidas para fazer parte desse programa, tornou-se referência em espaços comuns para makers. Dessa forma, o mundo dos makers ganhou melhor visibilidade.
Visibilidade Maker nos EUA
O movimento maker nos Estados Unidos da América tomou proporções únicas no mundo. Em 2014 percebeu-se a relevância de possuir pessoas das mais diferentes idades engajadas em criar inovações. O então presidente Barack Obama emitiu nota oficial convocando makers de toda a nação. Sua proposta foi a criação do que seria a 1ª Feira Maker da Casa Branca. Além disso, programas de incentivo à ambientes makers foram criados, ampliando o acesso às tecnologias necessárias, principalmente em escolas. Obama (2014) ressaltou a importância de uma nação não ser apenas consumidora de inovações, mas também criadora.
Em conclusão, nota-se que por mais que o movimento seja independente, o suporte público se mostra importante. Os EUA possuem espaços destinados ao público maker (makerspaces) nos mais variados ambientes. Empresas, colégios, bibliotecas, associações comunitárias, qualquer espaço que unam pessoas pode ser um espaço maker. Dessa forma, permitindo que a inovação e a tecnologia possam permear o país.
Lúcio de Souza Silva
Latest posts by Lúcio de Souza Silva ($see all)
- Barcelona está entre os 6 maiores hubs de inovação da Europa - 20 de April de 2020
- Candy Innovation Model – Gestão do Fluxo de Inovação - 29 de February de 2020
- Como mensurar inovação para crescimento empresarial - 9 de December de 2019