VIA na Maker Faire Rome 2019: a sétima edição do maior evento de inovação tecnológica da Europa
Encontro na capital italiana reuniu mais de cem mil pessoas para apresentar e explorar inovações, em especial na robótica e na inteligência artificial
Organizada pela Comissão de Inovação da Câmara de Comércio de Roma, durante os três dias de Maker Faire Rome deste ano mais de cem mil pessoas visitaram a feira e participaram de suas atividades, dentre as quais: vinte e oito mil estudantes. A sétima edição europeia da consolidada feira maker é considerada uma plataforma de encontro entre academia, mercado e sociedade. Assim, reúne de cientistas e profissionais ou empreendedores à curiosos e entusiastas da cultura maker.
De 18 a 20 de outubro foram apresentadas em dez pavilhões de feira as mais recentes inovações tecnológicas em áreas como: robótica, inteligência artificial, esporte, sustentabilidade e educação. O evento contou com a exposição de mil projetos de quarenta diferentes nações, além de workshops, conferências e talks ao longo dos três dias. Além dos projetos expostos, no espaço da feira foram espalhados balcões “Ask Me Anything”, voltados a atender representantes de pequenas e médias empresas com dúvidas sobre os temas explorados em cada pavilhão.
As gerações futuras e o movimento maker
Tradicionalmente, o primeiro dia da feira é o Educational Day, dedicado a receber estudantes e escolas de todo o país para conhecer as novidades tecnológicas de uma forma simples e divertida com jogos, atividades interativas e apresentações especiais para o público infanto-juvenil. Entretanto, nos demais dias de feira, foram também programadas diferentes atividades para esse público na área Young, o que atraiu famílias e crianças ao evento.
Professores participaram ativamente das atividades, conhecendo novas possibilidades para o ensino em sala de aula e recursos para trabalhar a cultura maker com crianças e jovens. Estimativa da feira calcula que mais 25 mil pessoas participaram da programação na área Young, entre crianças e professores.
As iniciativas consideradas mais originais nesta edição foram: SporTech e ArTech, apresentando as possibilidades de aplicação e uso da tecnologia no esporte e na arte. A primeira está entre os pontos de maior atração de visitantes desta edição. Um dos principais destaques foram os robôs jogadores de futebol criados por estudantes de eletrônica e ciência da computação.
Na segunda, o foco foi a arte contemporânea, atraindo o público e despertando sua curiosidade.
O legado e a sustentabilidade
Em outra novidade da organização, nesta edição buscou-se mostrar uma clara sensibilidade às mudanças climáticas coma a adoção de uma abordagem neutra em carbono, uso de energia proveniente de recursos renováveis, espaço livre de plástico e maior busca pela redução do impacto ambiental. Por meio de uma parceria com a startup zeroCO2, todas as emissões de gases de efeito estufa geradas durante os dias do evento serão compensadas com o plantio da floresta Maker Faire. Na área de alimentação e café dos pavilhões, os alimentos e bebidas eram fornecidos somente em material biodegradável, assim como os visitantes eram orientados a não acessar os pavilhões com garrafas e outros recipientes de plástico.
Nossa intenção é iniciar um ciclo virtuoso, difícil e exigente, capaz de reduzir o impacto ambiental da feira e transformando-a em um evento de grande valor ambiental e tecnológico. […] considerando o tamanho da Maker Faire Rome, este é um esforço organizacional e econômico muito significativo, mas de grande valor simbólico e ambiental que envolveu quase um ano de trabalho conjunto com todas as partes interessadas. O objetivo é criar um evento de grande valor ambiental desde que articulados tecnológico para demonstrar a possibilidade real, desde o início, de uma reversão radical em termos de a redução de emissões que causam mudanças climáticas e adotar a economia circular.
Assim, nesta edição, o legado foi além da apresentação e exploração das inovações tecnológicas, abrindo espaço para apoiar a educação, o esporte, a arte e cultura, além da conscientização sobre a importância da sustentabilidade e a preparação das gerações futuras para a cultura maker.
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