Aplicação do conceito de Living Lab é apresentada em revista especial
Um Living Lab (LL) pode ser conceituado como uma plataforma de inovação aberta que visa reconstruir, o mais próximo possível, um ambiente natural do usuário e podem ser considerados como ambientes de experimentação. A partir de 2006 os LLs ganharam força e maior disseminação com a criação da European Network of Living Labs (ENoLL) e o conceito se tornou alvo de diversos estudos.
Neste mês, o grupo de pesquisa VIA Estação Conhecimento, vinculado à Universidade Federal de Santa Catarina lançou a VIA Revista com a temática de Living Labs.
A publicação, disponível de maneira digital e gratuita, apresenta a metodologia e os cases desenvolvidos pelo grupo de pesquisa, como o Living Lab Florianópolis e o Living Lab Agro do Programa Agroinovação SC. Cases nacionais e internacionais também são apresentados. A edição contextualiza a participação cidadã na temática dos living labs e a atuação nas cidades inteligentes e sustentáveis. Traz ainda o Programa Nacional de Eficiência em Sustentabilidade Urbana do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações para além dos Laboratórios de Inovação Urbanos.
De acordo com a professora Clarissa Stefani Teixeira, coordenadora do grupo, como tendência há de se observar que os Living Labs crescem especialmente no âmbito das cidades inteligentes e sustentáveis, principalmente considerando os avanços em inteligência artificial e internet das coisas e seus usos com veículos autônomos, drones e a própria realidade aumentada. A regulamentação por meio de sandbox também poderá permitir rápidos avanços para utilização dos espaços urbanos, mesmo que em testagem, avaliação e validação.
Como os desafios urbanos enfrentados em sua maioria são de natureza multidisciplinar, há uma oportunidade de realização de coprodução tendo um Living Lab como plataforma. Assim, a aproximação de especialistas, solucionadores, o poder público e o próprio cidadão tende a ser cada vez mais comum. “Outra tendência é que os Living Labs sejam aceleradores de soluções e que possam validar rapidamente propostas e entender como estas podem ser escalonadas para atender realidades territoriais tão diferentes como aquelas que ocorrem no Brasil, por exemplo”, explica Stefani.
A nova edição da revista pode ser acessada aqui.
Carlos Marcelo Faustino da Silva
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