Espaços Makers

O que são espaços makers?

Mais uma da Série Habitats de Inovação: Chegou a hora de conhecer os espaços makers!

Espaços makers são locais abertos (NIAROS et al., 2017), onde as pessoas se encontram para trabalhar em projetos reais e pessoalmente significativos, com o auxílio de “gurus” e especialistas com a utilização de ferramentas, tanto tecnológicas quanto tradicionais (MAKERSPACE, 2013). Surgiram de um contexto histórico, iniciado com o Movimento Hacker, que pregava o livre acesso a informação e a melhoria na qualidade de vida (NIAROS et al., 2017).

Os espaços makers, ou makerspaces, são uma das tipologias de habitats de inovação (PINTO; TEIXEIRA, 2016) e, as pessoas que ali trabalham, são chamadas de makers. A extensão que abrange os espaços makers é denominada de Movimento Maker (WEBB, 2018).

Segundo Niaros et al. (2017) há dois critérios básicos para um local ser denominado de espaço maker:

  • Exercer formas de governança baseadas na comunidade;
  • Utilizar tecnologias de fabricação locais.

Os espaços makers podem ser de qualquer forma, o que o define não são seus maquinários e sim pelo o que se pode fazer lá (MAKERSPACE, 2013). Desde que haja o maquinário necessário para a concepção do projeto, o limite da criação se torna somente a imaginação do usuário. Logo, o foco do espaço maker está no desenvolvimento das habilidades para a criação de um projeto e não o fazer pelos usuários (WEBB, 2018).

Os espaços makers normalmente possuem uma equipe de voluntários compostos pela comunidade ou estudantes qualificados, para auxiliar os makers com as tarefas (WEBB, 2018) e também para compartilhar experiências e conhecimentos, mesmo que sejam de áreas muito distintas (MAKERSPACE, 2013)

Quanto as ferramentas de um espaço maker, geralmente há uma mistura entre equipamentos de alta e baixa tecnologia. As máquinas mais comuns de se encontrar em espaço maker são: Impressora 3D, Cortadora Laser, Scanner 3D, Cortadora de Vinil, entre outras. E quanto as ferramentas de baixa tecnologia, normalmente se encontram os materiais de papelaria, marcenaria e/ou, ainda, costura. Todos esses equipamentos ficam expostos para que os usuários saibam o que possuem a sua disposição (WEBB, 2018).

Espaços makers

FAB LABS – Os espaços makers do MIT!

No ano de 2001, foi criado um programa pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), que tinha o objetivo de analisar como o acesso a tecnologias digitais poderiam fortalecer as comunidades carentes (NIAROS et al., 2017). O projeto, conhecido como Laboratório de Fabricação Digital (que deu origem ao nome fab lab), possui a mesma finalidade dos espaços makers de “colocar a mão na massa” (PINTO; TEIXEIRA, 2017).

Assim, todo fab lab é considerado um espaço maker, com a exclusividade de ser uma franquia do MIT (PINTO; TEIXEIRA, 2017). O credenciamento do fab lab é feito pela FAB FOUNDATION, que tem o objetivo de facilitar e dar suporte para a expansão da rede de fab labs ao redor do mundo (FAB FOUNDATION).

Para mais informações sobre o credenciamento de fab labs, clique aqui.

Segundo Eychenne e Neves (2013), os fab labs são abertos a todos os públicos, independente de profissão, projeto ou uso. Tal abertura reduz as barreiras ligadas a inovação e criação.

Quer saber mais sobre fab labs? Baixe nosso e-book de alinhamento conceitual aqui!

Se liga na visita que o #TeamVia fez ao Pronto 3D, o fab lab da UFSC, aqui!

“O pensamento movido pelos makers é que se você consegue imaginar algo, você pode torna-lo realidade. Somos mais que consumidores. Somos produtivos, criativos. Todo mundo é um maker e o mundo é o que nós fazemos dele” (MAKERSPACE, 2013).

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EYCHENNE, F.; NEVES, H. Fab Lab: A Vanguarda da Nova Revolução Industrial. Editorial Associação Fab Lab Brasil, 2013.

FABFOUNDATION. Homepage: Disponível em: < http://www.fabfoundation.org/> acesso em 03 de jul de 2018.

MAKERSPACE. Makerspace Playbook: School Edition. [S.l.], 2013. Disponível em: <http://makered.org/wp-content/uploads/2014/09/Makerspace-Playbook-Feb-2013.pdf>. Acesso em: 28 jun. 2018.

NIAROS, V.; KOSTAKIS, V.; DRECHSLER, W. Making (in) the smart city: The emergence of makerspaces. Elsevier, 2017.

PINTO, S. L. U.; TEIXEIRA, C. S. FAB LABS: Alinhamento Conceitual. Florianópolis: Perse, 2017. Disponível em: <http://via.ufsc.br/download-ebook-fablabs/> Acesso em 28 de jun. 2018.

WEBB, K. Makerspaces. In:____. Development of Creative Spaces in Academic Libraries. A Decison Maker’s Guide. Chandos Publishing, 2018, p. 37-40.

 

The following two tabs change content below.

Maria Cristina Amaral

Graduanda em Engenharia de Materiais, pesquisa sobre Fab Labs e sua distribuição pela América Latina

Latest posts by Maria Cristina Amaral ($see all)