Distritos criativos conectados a habitats de inovação
Antes de iniciar a materia sobre Distritos criativos conectados a habitats de inovação, importante entender o que são Distritos Criativos. A seguir, uma matéria fantástica produzida pelo grupo VIA Estação Conhecimento trazendo cases de sucesso nacional e internacional:
Depois de entender um pouco mais sobre os Distritos Criativos, fica mais fácil compreender a importância deles estarem conectados a outros habitats de inovação.
Andrea Dempster Chung (Co-fundadora e diretora executiva do Kingston Creative – Kingston, Jamaica) relata no vídeo a necessidade de seis pilares para manter o distrito criativo em funcionamento no ecossistema: ESPAÇO: os empreendedores criativos precisam de escritórios e os artistas de ateliês; PESQUISA E INOVAÇÃO: precisam de centros de inovação para que as pessoas pensem fora da caixa e ultrapassem os limites da criatividade; TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO: para que os criativos possam aprender novas habilidades; DIVULGADORES DA MARCA: os empreendedores criativos pensem nos seus espaços como escritórios artísticos, construindo bancos de dados e conectem com as pessoas por meio de encontro e comunicação; PÚBLICO: para que o público vá até os artistas criativos é importante ter espaços para festivais, como espaços públicos aberto ou fechados (galerias, teatros, praças, etc); e por fim, FINANCIAMENTO: podendo ser composto por capital de risco, empréstimos ou por fundos públicos, para que os criativos possam expandir seus negócios e suas práticas.
Quando analisamos esses pilares essenciais no ecossistema da Jamaica, podemos identificar os habitats de inovação construindo arranjos entre si para fomentar e potencializar as atividades criativas, bem como criando circunstâncias favoráveis para o afloramento da criatividade destes artistas envolvidos nas atividades da gastronomia, da literatura, do design, dos filmes, da música, das artes, ou qualquer outra tipologia criativa existente no território.
As atividades criativas vem tendo destaque nas últimas décadas passados por uma transformação na economia global, a qual é cada vez mais baseada em conhecimento, inovação e, principalmente, criatividade. É possível afirmar também, que a principal força propulsora da nova economia é a criatividade, enquanto responsável por aprimoramentos e inovações, tornando-se agente central da vida humana (FLORIDA, 2011).
A criatividade neste olhar, passa a ser essencial para uma economia local não apenas para o indivíduo que a usa, mas para toda a camada da sociedade pensando nas transformações e interações entre os pilares, sejam eles econômicos, ambientais, sociais ou mesmo políticos. Como forma de reverberar a criatividade existente nos indivíduos e buscar a ascensão da economia criativa, os habitats de inovação trazem em sua essência uma importante conexão para potencializar os processos de desenvolvimento destes criativos em prol do território ao qual estão inseridos.
Esses habitats de inovação são espaços diferenciados que propiciam a geração de inovações, pois são locus de compartilhamento de informações e conhecimento, formando networking integrados na tríplice hélice (governo, empresa e universidade), que procuram unir talento, tecnologia, capital e conhecimento para alavancar o potencial empreendedor e inovador (TEIXEIRA et al., 2016)
Os distritos criativos conectados a habitats de inovação, seja elas aceleradoras, incubadoras, espaços de coworking, núcleos ou centros de inovações ou mesmo os fablabs, os riscos são minimizados e os resultados alavancados para que os empreendedores criativos possam se sentir seguro na perpetuação da criatividade, impulsionando e desenvolvendo a economia criativa local.
O compartilhamento entre os espaços criativos com os habitats de inovação, garante a atração de jovens investidores e empresários para a região, desenvolvendo ações conjuntas em prol não somente dos seus negócios, mas também do próprio ecossistema, trazendo consigo soluções criativas para os desafios do distrito.
Essas são algumas conexões reais e saudáveis para os distritos criativos que buscam alavancar suas inspirações. A conexão com ambientes de inovações é uma das formas de potencializá-las de forma assertiva e eficaz, principalmente, por se tratar de uma rede que busca o mesmo propósito, o crescimento do ecossistema local.
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Referências:
FLORIDA, R. A ascensão da classe criativa. Porto Alegre: L&PM, 2011.
DEPINÉ, Á.; TEIXEIRA, C. S. Habitats de inovação: conceito e prática. São Paulo: Perse, 2018.
TEIXEIRA, C. S.; EHLERS, A. C. S. T.; ABDALA, L. N.; MACEDO, M. M. Habitats de inovação: alinhamento conceitual. Florianópolis: Perse, 2016.
TEIXEIRA, C. S.; PIRES JUNIOR, P. R.; MATOS, G. P. Habitats de Inovação de Florianópolis: Os ambientes que transformam o ecossistema de inovação e empreendedorismo. São Paulo: Perse, 2019.
Ricardo Silvestro
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