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Aceleradoras: O modelo brasileiro

Conceito de Aceleradora

Os novos modelos organizacionais representados pelas startups com características particulares de modelo de negócio e de tecnologias, necessitam de mecanismos que possam auxiliar o seu desenvolvimento. Nesse sentido, as aceleradoras surgem como programas estruturados que visam proporcionar investimento, mentoria e networking para empresas nascentes.

Miller e Bound (2011) apresentam 5 características que definem essa temática:

  • Processo de Inscrição aberto e competitivo;
  • Investimento em troca de participação na empresa;
  • Busca pequenas empresas e não empreendedores individuais;
  • Tempo limitado e orientação intensiva;
  • Enfoque para startups com potencial de crescimento escalável.

Prática de Aceleradoras no Brasil

A tipologia de aceleradoras é um fenômenos bastante recente e emergiu em 2005 nos Estado Unidos. Contudo, a atuação nacional iniciou apenas em 2011 com a 21212. Posteriormente, diversas foram as iniciativas e programas individuais ou relacionados com relevantes organizações, como é o caso da Liga Ventures.

Mesmo que a teoria afirme sobre os requisitos de uma aceleradora, estas estão mudando seu modelo de atuação como uma forma de adaptação para as necessidades brasileiras. A teoria de aceleradoras possui sua origem e autores fundamentados no modelo americano, para a realidade daquele país.

Ainda que os processos sejam relacionados com soluções tecnológicas inovadoras para aplicativos, Flôr et al. (2016) afirmam que estas estão atuando no Brasil também nos segmentos de agronegócio, saúde, impacto social ou ambiental, finanças, legal, entre outros. Por exemplo, Agriness possui enfoque na produção de suínos e sustentabilidade de granjas.

Travers e Teixeira (2017) abordam acerca da semelhança que as aceleradoras possuem com os investidores anjos, se comparadas com as incubadoras. Assim, em muitos casos o que ocorre são instituições que apenas aportam recursos e fazem mentorias, chamando o mesmo processo de aceleração.

Ainda que já seja possível perceber a atuação de aceleradoras sociais e outras que não realizam o aporte financeiro. A pioneira brasileira, 20212, não está atuando com o investimento de startups, mas realizando processos de aceleração com empresas já investidas.

Embora os processos estejam se adaptando para a realidade do país, as aceleradoras têm o objetivo de auxiliar o desenvolvimento de empresas, e a quantidade desses ambientes tem aumentado cada vez mais. Uma discussão para nosso próximo artigo que abordará o novo paradigma das aceleradoras! #GoGoGo

 

Espia nosso mapa e as aceleradoras com atuação no Brasil aqui.

Veja nosso post conceitual sobre essa tipologia aqui

Confira o post sobre a Agriness!

 

Referências

FLÔR, C.S. et al. As aceleradoras Brasileiras: Levantamento para identificação do foco e distribuição territorial. Conferência ANPROTEC. Fortaleza, 2016.

MILLER, P.; BOUND, K.. The startup factories. NESTA. 2011. Disponível em:<http://businessincubation.com.au/wp-content/uploads/StartupFactories-Accelerators-
Evaluation-NESTA-June-2011.pdf>.

TRAVERS, P. K.; TEIXEIRA, C. S. As características definidoras das aceleradoras e suas diferenças para outras organizações filantrópicas. REAVI – Revista Científica do Alto Vale do Itajaí. v.6, n. 9, p. 98-107. Jul., 2017.

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Clarissa da Silva Flôr

Administradora pela UFSC, atenta às mudanças, à inovação e às diferentes formas de pensar. Técnica em meio ambiente que se preocupa com o futuro das pessoas e do planeta e percebe a pesquisa como uma forma de criação de conhecimento e evolução.

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