O que são living labs?
Living labs, ou laboratórios vivos, são um dos habitats de inovação; mais especificamente, ambientes que promovem inovação aberta
Quanto a inovação aberta, considera-se toda forma de incorporação de conhecimentos externos a uma empresa para o desenvolvimento de um produto ou serviço (CHESBROUGH, 2003). Essa forma de inovação pode ser aplicada em diferentes estágios de maturidade de uma solução, desde inclusão dos consumidores, transferência de conhecimento científico a partir das universidades, comercialização de propriedade intelectual, até a validação de uma solução antes do lançamento no mercado (VAN DE VRANDE et al.,2009).
Os living labs atuam principalmente na etapa de validação de uma solução. Nem sempre a validação interna dentro das empresas é o suficiente. Por essa razão, elas recorrem aos living labs para testarem seus produtos e serviços em campo, como uma rua, bairro, ou, até mesmo, em uma cidade inteira. Deste modo, as empresas são capazes de validar e melhorar as suas soluções, diretamente com público alvo e em um ambiente real, antes de comercializá-las.
Dentro da estrutura dos livings labs existem quatro papéis principais. O proprietário (instituição privada ou pública), responsável pelo laboratório; os usuários (empresas ou indivíduos que visam validar uma solução); clientes (consumidores ou beneficiados pelas soluções) e, por fim, stakeholders (instituições que auxiliam na organização e implementação do espaço) (NESTEROVA e QUAK, 2016).
Atualmente, é comum a classificação dos living labs em duas categorias: os livings labs e os Urban Living Labs (laboratórios urbanos). No primeiro caso, os usuários, que propõem algum produto ou serviço, costumam ser empresas que já possuem um protótipo pronto, ou próximo disso, para ser aplicado e validado. Já no caso dos laboratórios urbanos, enfatiza-se os residentes e a comunidade de uma região no papel de usuários, os quais discutem e apresentam possíveis soluções para os problemas urbanos (JUUJÄRVI e PESSO, 2013). Porém, apesar existir a distinção dessas tipologias na literatura, observa-se a mistura dos termos para definirem esses ambientes.
Quer saber mais sobre living labs? Confira nosso post anterior sobre o Barcelona Living Lab e as soluções que foram testadas nele.
Confira nosso artigo sobre o tema aqui! #Go
Referências
CHESBROUGH, Henry William. Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology. Harvard Business Press, 2003.
VAN DE VRANDE, Vareska et al. Open innovation in SMEs: Trends, motives and management challenges. Technovation, v. 29, n. 6-7, p. 423-437, 2009.
NESTEROVA, Nina; QUAK, Hans. A city logistics living lab: a methodological approach. Transportation Research Procedia, v. 16, p. 403-417, 2016.
JUUJÄRVI, Soile; PESSO, Kaija. Actor roles in an urban living lab: what can we learn from Suurpelto, Finland?. Technology Innovation Management Review, v. 3, n. 11, 2013.
Por: Eduardo Mazzuco. Membro VIA Estação Conhecimento – graduando em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Santa Catarina.
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