Startups De Hardware: Produtos Físicos

Cada vez mais populares: conheça as Startups de Hardware

Primeiro de tudo: o que é uma startup?

Antes de conhecer as startups de hardware, vale pensar a respeito das startups em si. Termo bastante em alta, startups são empresas conhecidas por usar a inovação para resolver problemas ou demandas de um público alvo. Dessa forma, normalmente aliadas da tecnologia, em alguns lugares também são definidas como tendo modelos de negócios repetíveis (entregar a mesma solução em grande escala) e escaláveis (cresce muito sem afetar tanto seus custos e modelo de negócios).

Para conhecer mais sobre as definições de startup, você pode acessar nosso e-book de alinhamento conceitual.

Do mesmo modo, muito recentemente nesse ano, também foi sancionado o que ficou conhecido como “Marco Legal das Startups”. Isso, através do Projeto de Lei de nº 249/2020 que chegou com a premissa de impulsionar e fortalecer essa nova categoria empresarial. Nesse sentido, seu texto também explicita uma definição para esses empreendimentos, conforme: “Art. 3º São consideradas startups as organizações empresariais, nascentes ou em operação recente, cuja atuação caracteriza-se pela inovação aplicada a modelo de negócios ou a produtos ou serviços ofertados.”

Startups de hardware: produtos físicos

Fonte: unsplash.

E Startup de Hardware?

Muito associado ao conjunto dos componentes que compõem a parte física de um computador, o conceito de hardware pode ser ainda mais amplo. Assim, estende-se a todos os componentes materiais, concretos e tangíveis que compõem uma tecnologia.

Portanto, podemos dizer que o software da tecnologia é a parte digital (como um programa de computador) e o hardware é a tangível, ou seja, aquilo que podemos pegar com nossas mãos.

Em síntese, pode-se entender então que são negócios inovadores cujas soluções sejam, em parte, ou utilizem para a entrega de seu valor, protótipos físicos. Entretanto, ressalta-se que para que a empresa seja capaz de escalar é necessário que seu produto supra as demandas que possam surgir e que o volume da produção dos hardwares não gere mais custos do que o lucro com as vendas. É preciso ficar de olho, pois produtos físicos podem custar muito mais para produção do que produtos digitais, e ainda abraçam um público muito menor.

Basicamente: é um pouco mais difícil de escalar do que startups que se direcionam apenas os campos virtuais. Isso porque as startups digitais podem entregar suas soluções para um grande público virtual, sem necessariamente terem que aumentar seus custos com algo. Também, startups virtuais podem surgir de um computador, enquanto as de hardware precisam de um espaço físico para criação de seus protótipos.

Ainda, o estudo “Ecossistema de Startups de Hardware no Brasil” da Sociedade Brasileira de Microeletrônica (SBMicro), ao discutir sobre a caracterização dessas empresas, aponta que “[…] um produto hardware não é uma startup. Na verdade, ele faz parte de uma solução completa e é esta que agrega valor ao cliente, gerando retorno que permite sustentar e expandir a startup em um dado mercado” (SBMICRO, 2020, p. 9).

Soluções na mão: Literalmente

Esse mesmo estudo da SBMicro mapeou os mercados contemplados pelas startups de hardware no país e apontam que são muito variados. A seguir, apresentamos alguns desses mercados de atuação destacados do relatório:

Cases em Santa Catarina

Assim, embora para muitos possa parecer complexo e desafiador escalar produtos físicos em startups, elas têm crescido e conquistado não apenas mercado, como interesse de investidores. Por isso, foi com bastante expectativa que em Florianópolis (Santa Catarina) foi fundada a HARDS que, criada a partir da Darwin Startups, foi a primeira aceleradora nacional para startups de hardware.

Você pode conhecer mais sobre os programas e as startups que fazem parte da HARDS através do site oficial deles.

Dica de conteúdo

Por falar em aceleradora, para entender mais sobre definição e atuação desses ambientes acesse nosso e-book Aceleradoras: Alinhamento Conceitual.

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Carlos Marcelo Faustino da Silva

Mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento, um dos primeiros pesquisadores nacionais a abordar ambidestria organizacional sob a perspectiva da inovação aberta. Contador pela UFMT, mentorava startups desde a graduação, por isso começou a atuar próximo a ambientes de inovação, já tendo fundado e administrado núcleos de incubação de empresas. Atualmente, segue mentorando startups e empresas de outras configurações, e estudando estratégias para melhorias de metodologias em ambientes de inovação.