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Bruxelas e a reorganização dos seus espaços urbanos: crescimento populacional e envelhecimento.

VIA pela Europa vai além dos habitats de inovação e pensa na relação com a cidade.

Nossa expedição pela Europa segue em frente.  Após a encantadora Paris, a segunda parada foi a estonteante? Bruxelas, capital da Bélgica. Nos dois dias de visita à cidade foi impossível não encantar-se com as pessoas, a culinária belga, principalmente, a Grand Place e as fabulosas construções do século XVII.

Bruxelas certamente é uma cidade espetacular, sobretudo, marcada pelas diferentes culturas advindas do forte processo de imigratório histórico.

Bruxelas e as projeções demográficas para o futuro

A população de Bruxelas tem aumentado a cada ano, especialmente pelo crescimento exponencial do número de imigrantes na Bélgica. Boa parte destas pessoas são estrangeiras, todavia advindas de outros países da própria comunidade européia (Bureau Fédéral du Plan, 2018).

É uma estátua bem pequeno localizado no centro da cidade, porém é o símbolo principal de Bruxelas.

Manneken Pis – O símbolo de Bruxelas.

O crescimento populacional nessa região é histórico. Além do processo migratório, há um percentual significativo que refere-se a diminuição do número de mortes em todo o país. 

Alguns dados projetivos demonstram que o saldo migratório representará cerca de 20.000 pessoas a mais em toda Bélgica. Haverá uma redução no tamanho médio das famílias, o que pressupõe uma significativa mudança econômica na produção de bens de consumo (Bureau Fédéral du Plan, 2018).

A população geral terá expectativa de vida em torna de 90 anos para mulheres e 88 anos para homens. Entretanto, a região de Bruxelas ainda tem a população mais jovem do país e apresenta atualmente estimativa populacional superior à pouco mais de 1.100.000 habitantes. Dados de pesquisas recentes demonstram que a cidade irá receber o maior número de estrangeiros nos próximos anos em todo o país (Deboosere et al 2009)

Certamente, o processo de imigração e o envelhecimento das pessoas criam aberturas para novos arranjos dos núcleos urbanos. Bruxelas apresenta uma enorme desigualdade no país, sobretudo, demarcada pela segregação espacial a partir de um contexto social histórico.

A Região é caracterizada por uma clara diferenciação espacial entre bairros pobres, bairros mistos e bairros ricos (Deboosere et al 2009, tradução nossa).

Todas essas questões sustentam e legitimam o fenômeno da desigualdade social no país. Portanto, pensar esses atravessamentos também significa refletir sobre a utilização e gestão recursos, a fim de promover espaços urbanos tais como ocorrem nas cidades inteligentes, cujo pilares são: economia, pessoas, governança, mobilidade, meio ambiente e qualidade de vida.

REFERÊNCIAS

DEBOOSERE, P. et al. The population of Brussels: a demographic overview. Brussels Studies [En ligne], 2009.

VANDRESSE, M. Le vieillissement de la population belge se stabilise dès 2040 en raison de la fin progressive de l’effet baby-boom. Bureau fédéral du Plan, 2018.

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Vitor Martins

Graduando em Administração (FGV-Sociesc) e Psicologia (UFSC). Escreve sobre temas transversais relacionados à Deficiências e Trabalho, População de Rua, Gênero e Políticas Públicas. Atua como Pesquisador em Iniciação Científica (UFSC) com bolsa financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), cujo estudo encontra-se vinculado ao Programa de Pós Graduação em Engenharia do Conhecimento (PPGEGC/UFSC) e ao grupo Via Estação do Conhecimento. Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/4817371773157513

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