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Lançamento da rede Ecossistema Cidades Criativas

Grupo VIA participa do lançamento da rede voltada ao estímulo da criatividade urbana em Balneário Camboriú

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No dia 12 de julho, no SESC, foi dada a largada às atividades abertas da rede Ecossistema Cidades Criativas. O objetivo da rede é orquestrar e impulsionar ações para qualificar a vida urbana por meio do estímulo ao potencial criativo de indivíduos e organizações, propiciando o surgimento de novas e melhores soluções para os desafios urbanos. Durante o lançamento, buscou-se: (1) alinhar com todos os convidados e participantes o conceito de Cidade Criativa, (2) apresentar os diferentes atores e redes da cidade com potencial de contribuição e (3) explicitar as razões para a formação da rede e os próximos passos coletivos.

As cidades criativas

A exposição do conceito de cidade criativa para a rede ficou por conta do Grupo VIA/UFSC, nessa ocasião representado pela doutoranda do grupo, Ágatha Depiné. A VIA tem se pautado na concepção de que a criatividade passou a ser essencial na camada urbana para lidar com a sua complexidade e com as transformações em suas diferentes dimensões: econômica, ambiental, social, política e etc.  Pode se dizer que cidades criativas são aquelas onde há “senso de conforto e familiaridade, uma boa mistura do velho com o novo, variedade e escolha e um equilíbrio entre o calmo e o vivificante ou entre o risco e a cautela” (LANDRY, 2013, p. 45).

As cidades contemporâneas enfrentam uma crise que não pode ser resolvida por uma atitude de conformidade. Assim, a inovação pode ser a chave para sua recuperação e transformação, mas nesse contexto o processo de inovação depende de um esforço conjunto de diferentes forças: a quádrupla hélice (mercado, universidade, governo e sociedade civil). É necessário estabelecer uma abordagem colaborativa e aberta entre os diferentes atores urbanos, onde os recursos culturais sejam percebidos como a matéria-prima da reestruturação urbana e a criatividade seja o método de exploração de tais recursos.

Saiba mais sobre cidades criativas em nosso livro Habitats de Inovação

A rede e seus atores

As atividades da rede têm sido alinhadas em encontros semanais com contribuições de indivíduos e instituições interessados nos objetivos estabelecidos pela mesma. As informações mais relevantes e o conteúdo compartilhado estão disponíveis em um board criado pela curadoria da rede no Trello, com acesso disponível nesse link. No lançamento foram explicitados os objetivos e diretrizes de atuação:

Objetivos

  • Qualificar a vida urbana por meio do estímulo ao potencial criativo de indivíduos e organizações, propiciando o surgimento de novas e melhores soluções para os desafios urbanos.
  • Utilizar metodologias e ferramentas para despertar a criatividade urbana e seus possíveis reflexos na infraestrutura da cidade.
  • Promover ações que fortaleçam a dinâmica colaborativa entre administração pública, sociedade civil, mercado e instituições de ensino e pesquisa no planejamento e desenvolvimento urbano.
  • Reconhecer a identidade local por meio de sua história e cultura, buscando desenvolver atividades que a reforcem e estimulem o senso de pertencimento da comunidade.
  • Identificar aspectos que particularizam a cidade, atuando de forma a ressaltar sua singularidade e evitar ações que promovam sua homogeneização.
  • Fomentar a criação de condições no espaço urbano que assegurem a atração e retenção de talentos, em especial aos da classe criativa.

Diretrizes

  • Comunicação aberta: facilitar o encontro e diálogo contínuo entre os diferentes membros da comunidade, conectando atores urbanos e fomentando sua colaboração e engajamento;
  • Diagnóstico local: prezar pelo levantamento de necessidades, interesses, problemas e oportunidades reais na comunidade;
  • Participação pública: envolver os cidadãos na criação, avaliação, seleção e desenvolvimento de ideias ou propostas para transformação urbana, por meio de oficinas, debates, apresentações, competições e concursos;
  • Abordagem bottom-up (de baixo para cima): guiar-se pela atuação e tomada de decisão coletiva na comunidade, neutralizando ou transcendendo estruturas limitantes e que desencorajem a criatividade urbana;
  • Orquestração: criar uma dinâmica para impulsionar ideias e ações;
  • Direcionamento estratégico: provocar mudanças criativas e inovações sem impedir o desenvolvimento espontâneo da cidade;
  • Monitoramento e avaliação: verificar e medir os resultados das ações empreendidas e apoiadas, garantindo o aprendizado e o aprimoramento.

Além disso, a rede anunciou seu interesse em estabelecer um arranjo institucional de fomento, com apoio da Comissão de Urbanismo e Meio Ambiente da OAB Balneário Camboriú. Também estabeleceu-se a criação de um Fórum Permanente para aprovar ações e o planejamento, assim como, a data de 09 de agosto para a realização do I Fórum da Rede  Colaborativa para Cidades Criativas.

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Quer saber mais ou até mesmo participar da rede? Envie um email para ecossistemacidadescriativas@gmail.com 🙂

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