Índice Global de Inovação: Como está o Brasil em 2022?
Antes de posicionarmos o Brasil no Índice Global de Inovação (IGI) em 2022, importante entender como este ranking funciona.
O IGI mensura e analisa o desempenho dos ecossistemas de inovação de 132 países. Para cada país, é elaborado um perfil que registra o desempenho de sua economia por meio de indicadores, bem como as virtudes e fragilidades relativas destes países em matéria de inovação. Posteriormente, compara-os com todas as outras economias incluídas no Índice.
O IGI 2022 é calculado a partir da média de dois subíndices. Primeiro, o subíndice “Insumos de inovação” que avalia os elementos da economia que viabilizam e facilitam o desenvolvimento de atividades inovadoras, agrupados em cinco pilares: (1) Instituições; (2) Capital humano e pesquisa; (3) Infraestrutura; (4) Sofisticação do mercado; e (5) Sofisticação empresarial. E depis o subíndice “Produtos de inovação”, que capta o resultado efetivo das atividades inovadoras no interior da economia e se divide em dois pilares: (6) Produtos de conhecimento e tecnologia e (7) Produtos criativos.
Líderes globais em inovação em 2022:
Os dez países mais bem colocados em 2022 são: Suíça, Estados Unidos, Suécia, Reino Unido, Holanda, Coreia do Sul, Singapura, Alemanha, Finlândia e Dinamarca, segundo o Índice Global de Inovação. China se aproxima dos 10 primeiros colocados ficando em 11º. Outras economias emergentes vêm apresentando desempenho sólido e consistente, como é o caso da Índia e Turquia, que pela primeira vez aparecem entre as 40 mais bem avaliadas.
Como está o Brasil no Índice Global de Inovação em 2022?
Segundo o IGI, o Brasil apesar de ainda estar aquém das expectativas do setor industrial, avançou três posições em relação a 2021, estando neste ano em 54º no ranking do Índice Global de Inovação, mas ainda está abaixo do 47º lugar, melhor marca do Brasil no IGI que foi atingida em 2011. Porém, o que torna o Brasil competitivo nesta área é quando analisado apenas os países da América Latina. Considerando este ranking, fica na 2º colocação, atrás do Chile (50ª), que agora figura entre as três primeiras economias da região, a frente do México (58ª).
Destaca-se que o Brasil registrou importante avanço em produtos de inovação, superior ao esperado em relação a seus níveis de desenvolvimento econômico, especialmente em produtos criativos, como ativos intangíveis e criatividade on-line, bem como em registro de marcas e criação de aplicativos móveis.
Outro recorte importante no ranking quando analisado os “insumos de inovação”, o país caiu duas posições (de 56º, em 2021, para 58º em 2022). No entanto, avançou seis posições em “resultados de inovação” – de 59º em 2021, para 53º em 2022. Ou seja, o País teve uma piora quando o assunto são investimentos em inovação.
“A publicação ajudará a orientar as ações dos setores público e privado voltadas para um crescimento impulsionado pela inovação, promovendo e apoiando políticas científicas, tecnológicas e de inovação em nosso país”, destaca Robson Braga de Andrade, President, Brazilian National Confederation of Industry (CNI).
Resultados mais relevantes do IGI:
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Em 2021, as empresas que mais investiram em P&D no mundo ampliaram esses gastos em quase 10%, fazendo-os superar a marca de US$ 900 bilhões – cifra superior à registrada em 2019, antes da pandemia. A expansão foi impulsionada principalmente por quatro setores: equipamentos de TIC e equipamentos elétricos; softwares e serviços de TIC; fármacos e biotecnologia; e construção e metais industriais.
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Os investimentos globais em P&D aumentaram 3,3% em 2020, desacelerando em relação ao crescimento recorde de 6,1% registrado em 2019. As dotações orçamentárias governamentais das economias que mais investiram em P&D cresceram expressivamente em 2020. Já em 2021, a situação dos orçamentos públicos de P&D foi mais variada, com expansão na República da Coreia e na Alemanha, mas retração nos Estados Unidos e no Japão.
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As operações de capital de risco registraram um aumento explosivo em 2021, com alta de 46%, um recorde comparável ao registrado durante o boom da internet, no fim da década de 1990. As regiões da América Latina e Caribe e da África apresentaram o maior crescimento nas operações de capital de risco. Em 2022, o cenário para essas operações parece menos promissor, já que o aperto nas politicas monetárias e seu impacto na aversão ao capital de risco devem levar a uma desaceleração nesse tipo de investimento.
O relatório apresenta que, mesmo durante a pandemia de Covid-19, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e em outras atividades que impulsionam a inovação no mundo inteiro continuaram com forte ritmo de expansão em 2021, contudo, os novos desafios para os anos seguintes é o impacto desejado que esses recursos aplicados em inovação sejam concretizados.
Eai, gostaram desta matéria?
Confira também: Ranking Global das melhores cidades para startups.
Acesse na íntegra o material gerado pelo IGI 2022 e 2021.
Boa Leitura
Referências
https://www.globalinnovationindex.org/
https://www.wipo.int/global_innovation_index/en/2022/
Ricardo Silvestro
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