Gestão Do Conhecimento E-book Carlos

VIA Estação Conhecimento lança segundo volume do e-book “Terminologias de Gestão do Conhecimento: base para alinhamento conceitual”

Intitulado Terminologias de Gestão do Conhecimento: base para alinhamento conceitual o Grupo VIA Estação Conhecimento acaba de publicar seu primeiro e-book do ano de 2023.

O lançamento da segunda edição do e-book apresenta mais de 40 novos termos além dos 171 inseridos na primeira, abraçando as diversas áreas afins – como inovação e empreendedorismo – para o enriquecimento das discussões de alinhamento conceitual. Assim, o glossário pode ser utilizado como forma de compreensão dos termos para estudiosos e profissionais da área, além de contribuir para um alinhamento conceitual.

Apresentação

O conhecimento pode ser considerado um dos ativos mais importantes das organizações na atualidade (SANTOS; RADOS, 2020). Tendo em vista que na segunda metade do Século XX, o desenvolvimento tecnológico provocou numerosas transformações no contexto empresarial mundial (SANTOS; VARVAKIS, 2021a) e a então nomeada Quarta Revolução Industrial criou novos valores e serviços acarretando na ascensão para a Sociedade 5.0, dita como uma sociedade de conhecimento (SANTOS; RADOS, 2020).
Nesse cenário em que a globalização e a rápida evolução tanto tecnológica quanto social afeta diversas esferas, o conhecimento passa a ser integrado nas estratégias organizacionais como forma de acompanhar as tendências das grandes e contínuas transformações sociais, econômicas, políticas e culturais em busca de eficiência e inovação (MAGNANI; HEBERLÊ, 2010).

terminologias alinhamento conceitual

Imagem: E-book “Terminologias de Gestão do Conhecimento” (2023).

Assim, como o recurso organizacional de que se trata, o conhecimento tem meios para ser gerenciado, e é dessa premissa que surge a Gestão do Conhecimento (GC). Mais do que apenas criar o conhecimento, as organizações precisam ser capazes de proporcionar condições para organizá-lo e processá-lo de forma estratégica e, assim, gerar benefícios em resultados práticos (STRAUHS et al., 2012).
Importante destacar que a GC vai além da simples gestão da informação. O conhecimento difere-se da informação em vários aspectos fundamentais, visto que
para que uma informação se torne conhecimento é preciso que o sujeito cognoscente possa construir uma representação da realidade que faça sentido (SANTOS, VARVAKIS, 2021b). Não obstante, diferindo-se da natureza base da informação, o conhecimento não é somente uma memória estática, mas algo sempre acessível segundo uma finalidade, uma intenção, um projeto (SANTOS, VARVAKIS, 2021b).

Nesse contexto, tem-se que as características do conhecimento tornam seu processo complexo e com especificidades muito particulares intrínsecas à sua natureza intangível, e, portanto, as técnicas da administração tradicional devem ceder espaço para uma gestão que prevê esse tipo de abordagem (TAKEUCHI; NONAKA,
2009). A GC torna possível para as organizações voltarem a atenção de seus processos para propriedades do conhecimento que o diferenciam de outros recursos, visto que ele é intangível, de difícil mensuração, além de volátil e que carrega como uma de suas principais características a incorporação em agentes com vontades (SERRAT, 2017).
Nesse aspecto, a sobrevivência das organizações em um contexto onde as mudanças exteriores a ela são tão diretamente impactantes (SANTOS; RADOS, 2020)
está atrelada a uma estratégia alinhada com uma boa GC (DAVENPORT, 2017). Assim, é preciso que as organizações tenham líderes ou gerentes comprometidos em
acumular, explorar e renovar a base de conhecimento de forma a criar sistemas de gestão que irão facilitar esses tipos de processos (SERRAT, 2017).
Portanto, cientes do papel da GC em oferecer meios para que processos e ferramentas contemplem abrangentemente as características necessárias para que
o conhecimento seja criado e se perpetue entre os indivíduos e a organização de forma a impulsionar os resultados e acompanhar as tendências impostas (TAKEUCHI; NONAKA, 2009), conhecer os termos da área ligam-se a relevância do seu contexto.
Do mesmo modo, conforme a sociedade evolui, novas áreas atrelam-se à multidisciplinaridade da própria GC. Áreas como inovação, empreendedorismo, gestão de negócios emergentes e ciência da informação evoluem de forma constante e se aproximam cada vez mais da Gestão do Conhecimento.

Acesse o conteúdo do e-book “Terminologias de Gestão do Conhecimento: base para alinhamento conceitual – segundo volume” na íntegra aqui.

Referências

DAVENPORT, Thomas H. Knowledge management and the broader firm: strategy, advantage, and performance. Knowledge management handbook, v. 2, p. 1-2, 1999.
MAGNANI, M; HEBERLÊ, A. Introdução a Gestão do Conhecimento: Organizações como sistemas sociais complexos. – Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2010. Disponível em: < http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/867731> Acesso em: 19/10/2022.
SANTOS, N.; RADOS, G. J. V. Fundamentos teóricos de gestão do conhecimento – Florianópolis:Pandion, 2020.
SANTOS, N.; VARVAKIS, G. (2021a). Breve história da Gestão do Conhecimento [Material de apoio de aula online]. Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina. SANTOS, N.; VARVAKIS, G. (2021b). O que é conhecimento – Parte 1 [Material de apoio de aula online]. Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina.
SERRAT, Olivier. Notions of knowledge management. In: Knowledge Solutions. Springer, Singapore, 2017. p. 291-304.
STRAUHS, F; et. al. Gestão do Conhecimento nas Organizações – Curitiba: Aymará Educação, 2012. – (Série UTFinova). ISBN 978-85-7841-783-3 (material impresso) ISBN 978-85-7841-784-0 (material virtual). Disponível em: < http://repositorio.utfpr. edu.br/jspui/bitstream/1/2064/1/gestaoconhecimentoorganizac oes.pdf> Acesso em: 22/08/2020.
TAKEUCHI, Hirotaka; NONAKA, Ikujiro. Gestão do conhecimento. Bookman Editora, 2009.

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Carlos Marcelo Faustino da Silva

Mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento, um dos primeiros pesquisadores nacionais a abordar ambidestria organizacional sob a perspectiva da inovação aberta. Contador pela UFMT, mentorava startups desde a graduação, por isso começou a atuar próximo a ambientes de inovação, já tendo fundado e administrado núcleos de incubação de empresas. Atualmente, segue mentorando startups e empresas de outras configurações, e estudando estratégias para melhorias de metodologias em ambientes de inovação.