Controle social e participação popular na gestão da saúde pública do Brasil
Saúde pública no Brasil através do controle social e da participação popular
O gerenciamento da saúde pública no Brasil através do Controle Social e da Participação Popular, tornou-se uma ferramenta estratégica na administração dos recursos ao articular uma política-financeira descentralizada visando uma gestão democrática.
A promulgação da Constituição de 1988 estabelece que “a saúde é direito todos e dever do Estado”, conforme disposto no artigo 196, tendo como uma das diretrizes norteadoras a Participação Popular na busca por efetiva atuação da comunidade na gestão da saúde pública do Brasil.
O Controle Social e a Participação Popular, portanto, possibilitam uma gestão democrática à medida que planeja, elabora, controla e gerencia os recursos e as políticas públicas voltadas à saúde do Brasil. Esse engajamento comunitário decorre-se essencialmente por meio das Conferências de Saúde e dos Conselhos de Saúde divididos entre nacional, estaduais, distrital e municipais.
Os conselhos de saúde apresentem demandas distintas com base em sua divisão política administrativa, entretanto, algumas competências são de âmbitos gerais, dentre elas:
- Examinar propostas e denúncias de indícios de irregularidades;
- Avaliar a organização e o funcionamento do SUS;
- Fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das ações e dos serviços de saúde e encaminhar os indícios de denúncias aos respectivos órgãos, conforme legislação vigente;
- Estabelecer ações de informação, educação e comunicação em saúde; e
- Apoiar e promover a educação para o Controle Social.
Embora a institucionalização da participação social na gestão da saúde pública do país tem desempenhado um papel relevante ao tentar estabelecer um diálogo entre a comunidade e as diferentes entendidas representativas públicas e privadas, sabe-se que boa parte da população ainda desconhece tais práticas. Cujo as conquistas são, sobretudo, frutos de movimentos históricos de grupos sociais que ainda lutam por democratização e universalização dos direitos.
Temos observado a constante precarização do Sistema Único de Saúde, fator este que exige-nos uma atuação mais participativa e colaborativa enquanto sujeitos sociais, articulando mecanismos de enfrentamento aos diferentes atravessamentos que constituem o atual serviço de saúde pública do Brasil.
Quer saber mais sobre Controle Social, Conselhos e Conferências e como você pode participar? Clique aqui e acesse o manual do Ministério da Saúde. Você também pode informe-se através do site da Secretaria de Saúde do seu município ou diretamente na prefeitura da sua cidade. #VIAcidades
Vitor Martins
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