Barcelona e o seu plano de mobilidade urbana
A cidade em que os pedestres são prioridade na dinâmica urbana
Barcelona, a capital da Catalunha na Espanha possui cerca de 3 218 071 habitantes em uma área de 636 quilômetros quadrados. Desde o projeto do Cerdá em 1859 a cidade mostra-se no cenário internacional como uma referência urbanística e arquitetônica, ainda, com os Jogos Olímpicos de 1992, e o Fórum Universal das Culturas, em 2004. Nesse contexto, a cidade está conurbada com vários povoados vizinhos e para que a mobilidade ocorra dentro e fora da cidade a administração pública em conjunto com instituições iniciaram uma série de medidas (GELPI, KALIL, SPIELMANN, 2013). Assim, a cidade passou a investir no transporte público coletivo e na mobilidade a pé em detrimento do transporte individual.
De acordo com a Lei 9/2003 de 13/06/2003 de La Movilidad de Cataluña faz-se necessário que o planejamento urbano elimine as viagens desnecessárias de veículos, contribuindo assim com os pedestres, o uso de bicicletas, o transporte público. Assim, buscando uma mobilidade sustentável, sendo ela a mobilidade que se realiza em um determinado tempo, com custos razoáveis e minimizando os efeitos negativos sobre o entorno e a qualidade de vida das pessoas.
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Ocorreram na cidade a implantação de pistas exclusivas para ônibus, onde também podem circular os táxis, permite maior velocidade ao sistema, trazendo segurança para a população e para o próprio sistema de transporte coletivo. Bem como, a frota de veículos foi atualizada, com a utilização de energias limpas e acessibilidade a passageiros com mobilidade reduzida (GELPI, KALIL, SPIELMANN, 2013).
Com um modelo integrado de vários modais de transporte: metro, ônibus, veículo leve sobre trilhos, pode-se contemplar os diversos bairros de Barcelona e permitiu a redução de veículos particulares na cidade. Logo, a cidade de Barcelona investiu na caminhabilidade para o pedestre em conjunto com o transporte público de qualidade. Dessa forma, a população sente-se acolhida em se locomover com conforto e segurança.
Santiago, capital do Chile também passa pelo processo de reestruturação da mobilidade urbana, confira nosso post sobre!
REFERÊNCIAS:
Gelpi, Adriana & Kalil, Rosa & Spielmann, T.. (2013). Cidades Capitais e Mobilidade Urbana: O Caso de Barcelona. 10.12702/978-85-89478-40-3-a125.
Maria Eduarda Zanella
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