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As incubadoras no contexto das universidades

As universidades no ecossistema empreendedor

As universidades passaram por mudanças na forma de atuação ao longo dos anos. Anteriormente, sua contribuição era restrita ao ensino e à pesquisa. Contudo, estas se voltaram à produção de conhecimento, força de trabalho e tecnologia para a indústria. As universidades empreendedoras e os institutos de pesquisa contribuíram para este avanço. Assim, essas alterações também afetaram o processo de inovação do conhecimento, uma vez que as universidades são um fator-chave na promoção da inovação.

Veja aqui sobre o papel das universidades nos ecossistemas regionais de inovação.

Os institutos acadêmicos atuam na produção tecnológica e de conhecimento a serem aplicadas no ambiente empresarial. Para isso, as incubadoras realizam a ligação entre os atores, somado ao governo para converter spin offs universitárias em startups. Acrescido a isso, estas promovem o ambiente empreendedor, a criação de empregos e o desenvolvimento nacional, regional e local. Em suma, incubadoras em ambientes de pesquisa possibilitam o ecossistema favorável para transformar ideias em produtos de sucesso.

Lala e Sinha (2019) abordaram esta contextualização em seus trabalhos com o objetivo de compreender o processo de incubação na Índia e a relação com a tríplice hélice. Também, os autores levaram em consideração que a incubação indiana não é integrada e foca em infraestrutura e suporte financeiro. Logo, Lala e Sinha (2019) utilizaram a estrutura do Sistema Nacional de Inovação (SNI) para mapear a ligação entre os atores.

Como objeto de análise, o estudo se concentrou no Instituto de Incubação Tecnológica de Kanpur (IITK), inserida no instituto de pesquisa. Isso se deve, uma vez que é um centro de excelência, possui desenvolvimento de áreas de P&D, está entre as 300 melhores incubadoras do mundo e a melhor da Índia em 2011. Para compreender, a pesquisa utilizou dados originados entre 2010 a 2015 através de questionários, entrevistas e relatórios.

O processo de incubação indiano

Sobretudo, Lala e Sinha (2019) ponderam sobre a relevância das políticas públicas favoráveis ao desenvolvimento do ecossistema empreendedor. Os autores reportam sobre o sistema de inovação chinês e norte americano e o apoio do governo com a criação de planos, em comparação ao indiano. Igualmente, acrescem sobre as políticas de inovação e sua contribuição em países em desenvolvimento.

Para tanto, a incubação indiana iniciou em 1982 com a criação Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Empreendedorismo, um elo entre a academia e o mercado. Todavia, apenas em 2016 houve avanço para o programa de startups. A incubadora apoia o desenvolvimento empresarial, infraestrutura para patentes, capacitação em propriedade intelectual, suporte tecnológico e comercial, e investimento em uma período de 2 a 3 anos. Embora a  evolução seja positiva no número de patentes ao longo dos anos, há contraste significativo entre as concedidas e preenchidas.

Os autores elucidam sobre os diversificados setores tecnológicos, em sua maioria para eletrônicos e TI.

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Figura 1: Tecnologias desenvolvidas na IITK (LALA; SINHA, 2019)

Em suma, o ecossistema empreendedor e o investimento nas incubadas da IITK é majoritariamente de origem pública. Nesse sentido, eles acrescem sobre a necessidade de outros agentes financeiros.

Referência: LALA, K .; SINHA, K. Papel da incubação de tecnologia no sistema de inovação da Índia: um caso do Centro de Incubação do Instituto Indiano de Tecnologia de Kanpur. Ásia milenar . v. 10, n.1. p. 91-110, 2019.

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Clarissa da Silva Flôr

Administradora pela UFSC, atenta às mudanças, à inovação e às diferentes formas de pensar. Técnica em meio ambiente que se preocupa com o futuro das pessoas e do planeta e percebe a pesquisa como uma forma de criação de conhecimento e evolução.

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