A produção científica da ANPROTEC
O tema desse ano da ANPROTEC foi Inovação e Empreendedorismo Transformando Cidades. Os trabalhos apresentados trouxeram transversalidade com o tema da conferência. Josealdo Tonholo destaca o salto dado com o aumento de 20% no numeto de artigos. Apenas em 2017 foram 105 trabalhos aprovados, sendo 86 completos, 15 boas práticas e 04 memórias.
Com três categorias diferentes, a ANPROTEC apresentou as Boas Práticas com soluções criativas para desafios do dia a dia. As tendências estão associadas às perspectivas do Modelo CERNE, considerando as incubadoras, expondo os gestores a explicitar suas formas de trabalhar. As Boas Práticas demostraram a troca de experiências positivas, com resultados práticos, e traz a importância de cada habitat servindo de possibilidade de aperfeiçoamento e melhorias. Ainda é carente a realização de estudos com foco nas cidades, pensando ainda as relações dos ambientes de inovação com o território. Nos países do mundo essa prática é comum de ser encontradas e no Brasil ainda é observada a dificuldade em se tratar do assunto. Assim, os trabalhos mostraram certa dificuldade de conexão com os ambientes de inovação especificamente e suas relações com a cidade.
O pensar a cidade é saber o que a cidade pensa dos ambientes de inovação. É na cidade que nós trabalhamos e vivemos e é na cidade em que as coisas precisam acontecer.
Houve a redescoberta dos cursos de graduação como partícipes das práticas de inovação. A universidade Federal de Santa Catarina é a Instituição de Ensino Superior com maior número de publicações, com destaque para o Grupo VIA Estação Conhecimento.
Considerando a temática das empresas e os ambientes de inovação, o viés foi para investimento e os aspectos de parceria e gestão de riscos com internacionalização. A ANPROTEC que começa na temática das incubadoras avança para a temática de parque e chega a aceleração de negócios. As estratégias estão alinhadas com o que está acontecendo no Rio por exemplo. Há esforços da integração das diversas iniciativas a luz das diretrizes da ANPROTEC. Os esforços estão sendo tornados comuns ao desenvolvimento do ecossistema de inovação.
Com o Marco legal de Inovação, publicado em 2016, o número de artigos científicos anda de forma tímida aumenta. Ponto interessante está na discussão feita pelos advogados. Os advogados, praticantes e pesquisadores estão atentos aos regulamentos brasileiros trazendo luz principalmente para as universidades. As preocupações são para amparar as atividades dos habitats de inovação e avançar em terrenos que não foram explorados por outras regiões. Com a 27ª Conferência, a ANPROTEC dá passo pioneiro em trazer o tema em prol da legislação, uma vez que esta vem dar segurança para o que está sendo desenvolvido pelos atores do ecossistema.
Entretanto, foi evidenciada a dificuldade que ainda se tem em trabalhar com a quarta hélice (comunidade). Além disso, ainda é uma dificuldade pensar a conexão entre cidadão e ambiente de inovação. Em alguns estudos foi relatado inclusive a dificuldade das relações entre pessoas de uma mesma instituição, observando ainda muita desconexão das pessoas com o próprio micro ecossistema.
A escolha de temas contemporâneos é fundamental para ter conhecimento agregado de temas que ainda podem ser conceituais, mas que no amanhã já estarão na prática dos habitats de inovação.
O destaque da conferência também está na relação de acadêmicos e não acadêmicos que estão na prática dos habitats de inovação. Os ambientes de inovação que se relacionam mais com a cidade apresentam mais sucesso do que aqueles que se fecham apenas na própria instituição. Assim, observa-se que o ecossistema, na maioria das regiões não está conectado.
Confira os Anais do evento aqui!
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