Parklets urbanos e seu papel na vitalidade das cidades
Parklets urbanos: locais antes ocupados pelos carros viram espaços públicos para pessoas
Os chamados Parklets urbanos surgiram em São Francisco, nos Estados Unidos. Tratavam-se de vagas de estacionamento que passam a exercem a função de espaços públicos. Nesse sentido, por meio de uma solução criativa, o sistema “Vagas vivas”, a prefeitura buscou atrair as pessoas para as áreas públicas e, assim, diminuir o volume de carros nas ruas.
A iniciativa surgiu em 2005 e permite que comerciantes, por meio de um edital e pagamento de indenização, utilizem o espaço para que as pessoas usufruam. No caso de São Francisco faltam vagas para todos os interessados. Ainda, os parklets permitem a instalação de praças em espaços onde antes não era possível. Logo, por meio de alternativas rápidas e de baixo custo a cidade ganha novos espaços de convívio.
Conheça a iniciativa de Santiago para aproximar as pessoas dos espaços públicos!
No Brasil, cidades como São Paulo e Florianópolis também aderiram à iniciativa. Na capital catarinense o Instituto de Planejamento Urbano (IPUF) criou o Manual para a implantação de Parklets. Para o órgão:
O Parklet é uma pequena praça localizada em uma vaga de estacionamento de automóveis na via pública, que cria uma oportunidade humanização e de dinamização do Espaço Público.
Ademais, os parklets urbanos utilizam do urbanismo tático para sua concepção. Visto que promovem a prática colaborativa na concepção do espaço. Além disso, permitem que as pessoas exponham suas ideias no projeto e na prática. Assim, os parklets são um ótimo exemplo de como o urbanismo tático foi formalizado no que tange o planejamento das cidades no mundo (LITTKE, 2016).
Nesse contexto, a melhoria da paisagem urbana e o novo uso das vagas de carros faz com que os parklets sejam cada vez mais difundidos. Logo, existe a requalificação dos espaços urbanos e as pessoas sentem-se parte do espaço!
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REFERÊNCIAS
Littke, H. Revisiting the San Francisco parklets problematizing publicness, parks, and transferability. Urban Forestry & Urban Greening. Vol. 15, p. 165-173, 2016.
Maria Eduarda Zanella
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