Reflexões sobre cidades
Os seres humanos vêm evoluindo e impressionando a cada dia que passa. Descobertas como próteses para amputados na área da saúde ou satélites para a observação de outros planetas na área tecnológica são exemplos de que a “evolução” da nossa espécie não vai parar tão cedo. Contudo, a superpopulação e o nosso estilo de vida “anda de mãos dadas” com o crescimento desenfreado da indústria e, consequentemente, com a destruição do meio ambiente. Além disso, a população urbana passa dos 54% da população mundial (UN, 2014), e tende a seguir o modo linear de comportamento (extrair, processar, utilizar e descartar). Estes fatores somados levam ao alto desgaste do nosso planeta.
Atentando a estes fatos, a tendência atual é a criação de cidades inteligentes. Estas possuem diversas definições e interpretações, mas todas elas visando uma cidade evoluída e conectada para que se feche um círculo entre todas as áreas e dimensões desta cidade. Na grande maioria das definições, o uso da tecnologia é essencial para a criação da mesma.
O termo foi usado pela primeira vez nos anos 1990 e tinha como foco tecnologias de comunicação e informação para que assim a cidade adquirisse a definição de inteligente. Entretanto, os conceitos e definições sobre as cidades inteligentes foram evoluindo e abrangendo mais dimensões para que a cidade fosse mais circular, sustentável, popular e conectada. De acordo com Giffinger e Haindl (2007) existem seis dimensões numa cidade inteligente: economia, mobilidade, governança, meio ambiente, convívio e pessoas.
O tema “cidade inteligente” já é tão relevante internacionalmente que governos investem milhões para adaptar suas cidades às novas práticas e empresas aplicam-se em criar novas cidades com a intenção de serem 100% inteligente, por exemplo o projeto Croatá Laguna EcoPark no Ceará. Além deste fato, existem diversos rankings para determinar as cidades mais inteligentes mostrando os pontos fortes e fracos delas, gerando uma competição saudável entre as cidades, sempre com o objetivo de melhorar a vida da e na Terra.
Porém ao invés de classificar e definir o quão inteligente é a cidade, é mais positivo pensar nas atividades, nas ações e nos fatores que podem tornar uma cidade mais inteligente.
Referências:
GIFFINGER, R.; HAINDL, G. Smart Cities Ranking: an Effective Instrument for the Positioning of Cities? p. 703–714, 2007.
UNITED NATIONS, DEPARTMENT OF ECONOMIC AND SOCIAL AFFAIRS, P. D. World Urbanization Prospects. United Nations, v. 12, p. 32, 2014.
* Luiz Eduardo Brand Flores – Engenharia de Materiais UFSC – luizebf@hotmail.com
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