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Como mensurar inovação para crescimento empresarial

Como mensurar inovação?

Métricas podem ser grandes aliados do processo de inovação, auxiliando nas tomadas de decisões, validação de resultados ou iniciativas. Assim, grande empresas como a 3M ou Google possuem métricas de inovação. Porém, definir as métricas corretas para o seu negócio pode ser uma tarefa complicada. Não há uma formula para que isso seja feito e muitas vezes escolher os indicadores pode se parecer muito mais com uma arte do que com ciência.

O Problema:  Métricas antigas em um novo ambiente

O ambiente competitivo atual diverge consideravelmente do ambiente industrial de outrora. Dessa forma, muitas das métricas utilizadas anteriormente não fazem mais sentido atualmente. Por exemplo, na Fortune 1000, que lista as mil maiores companhias dos EUA, utiliza métricas de inovação que incluem:

  • Orçamento anual de P&D como porcentagem de vendas anuais.
  • Número de patentes registradas.
  • Número de projetos ativos.
  • Número de ideias inovadoras sugeridas por funcionários.
  • Porcentagem de vendas de produtos produzidos nos anos mais recentes.

Embora algumas dessas métricas possuam o seu valor para o impulsionamento de investimentos em inovação e avaliação de resultados, elas entregam uma visão parcial e limitada. Em um ambiente onde a terceirização de ideias e tecnologias se tornaram fatores de diferenciação e vantagem competitiva, algumas das métricas apresentadas acabariam sendo inibidas.

Outro fator comumente enfrentado ao tentar definir métricas é a “sobrecarga de métricas”. Muitas empresas possuem métricas demais e utilizam metodologias não compatíveis. Dessa forma, as informações coletadas costumam passar a impressão que sempre está faltando o “cerne da questão”. Isso pode interferir negativamente, pois o que é medido sempre influencia no comportamento dos gestores. Assim, métricas demais podem levar a atividades excessivas que fornecem baixo valor e que podem ser conflitantes.

Como estruturar Métricas de Inovação?

Supondo que inovações bem-sucedidas resultem em sinergias entre fatores complementares de sucesso, é importante abordar as métricas da seguinte forma:

    • Criar uma “família de métricas” para garantir um portfólio completo de medidas.
    • Dividir “métricas de entrada” e “métricas de saída”, para melhor alocação de recursos, desenvolvimento de capacidades e retorno de investimento.

Sabendo disso, as “famílias de métricas” devem cobrir os mais importantes fatores de inovação. Três categorias são indispensáveis para a criação de um portfólio:

Métricas de Retorno de Investimento  (ROI)

As métricas correspondem a recursos investidos e retorno financeiro. Isso garante disciplina fiscal ao gerenciamento da inovação e ajuda a identificar iniciativas estratégicas para esse propósito.

Métricas de Capacidade Organizacional

As métricas de capacidade organizacional se concentram na infraestrutura e no processo de inovação. As medidas de capacidade fornecem foco para iniciativas voltadas para a construção de abordagens repetíveis e sustentáveis ​​à invenção e à reinvenção.

Métricas de Liderança 

As métricas de liderança abordam os comportamentos que os gerentes seniores e os líderes devem exibir para apoiar uma cultura de inovação dentro da organização, incluindo o apoio a iniciativas de crescimento específicas.

 

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Dentro de cada uma dessas categorias, existem “métricas de entrada” e “métricas de saída”. Métricas de entrada são os investimentos, recursos e comportamentos necessários para gerar resultados. As métricas de saída representam os resultados desejados para a categoria de métrica. Usar métricas para impulsionar e avaliar o crescimento é uma ferramenta contínua para o gerenciamento da inovação.

 

Fonte: Soren Kaplan em innovation-point

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Lúcio de Souza Silva

Graduando em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Santa Catarina. Entusiasta de qualquer atividade relacionada a inovação e tecnologia.