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Intraempreendedorismo: um modelo global para grandes e pequenas empresas

Grupo de estudos da VIA Estação Conhecimento discute e resume pesquisa que concebeu modelo de intraempreendedorismo nas organizações

Foto: Natalie Rhea Riggs, Unsplash

Quando estudamos inovação organizacional, percebemos que mudança é a dinâmica da eficácia e intraempreendedorismo é característica comumente incorporada à eficiência. O grupo de estudos da VIA Estação Conhecimento selecionou semana passada um artigo dos mais relevantes sobre intraempreendedorismo nas organizações.

Nas buscas às bases de dados, chegamos a uma pesquisa de 2001 que apresenta modelo estrutural intraempreendedor aplicável em diferentes culturas. Intrapreneurship: Construct Refinement And Cross-Cultural Validation, ou Intraempreendedorismo: refinamento de constructos e validação transcultural, foi escrito por Antoncic e Hisrich em 2001. Em busca da generalização de conceito, os autores difundiram que:

Intraempreendedorismo é o empreendedorismo em
organizações já existentes ou consolidadas.

A importância do constructo do intraempreendedorismo para estudo é o de característica benéfica para revitalização e melhor desempenho das empresas. No contexto de 2001, pré e-commerce e mídias sociais, o constructo já era considerado válido para empresas de qualquer porte. Com o debate emergente sobre globalização, analisou-se as economias da Eslovênia e Estados Unidos para criar um modelo generalizável. A primeira serviu como amostra de análise, a segunda, como base para a validação de hipóteses.

Quatro dimensões, características preditoras e consequentes

Antes deste estudo, Antoncic e Hisrich apontavam que os modelos não eram aplicáveis em contextos diferentes, culturais e econômicos. Eles partiram à construção do modelo observando quatro dimensões de intraempreendedorismo:

  • Novo empreendimento: busca e entrada em novas empresas relacionadas aos atuais produtos ou mercados da empresa existente.
  • Inovação: criação de novos produtos, serviços e tecnologias.
  • Autorrenovação: reformulação estratégica, reorganização e troca organizacional.
  • Proatividade: a eficiência da administração em busca de competitividade avançada e inclui a iniciativa e a tomada de riscos, e a agressividade competitiva e o bem-estar.

“Estas dimensões refletem fatores de inovação à luz de Schumpeter, constitutivos para o empreendedorismo. Refletem a busca de soluções criativas ou novas para os desafios da empresa, o aprimoramento de produtos e serviços novos ou existentes, a atenção aos mercados, técnicas e tecnologias”
(ANTONCIC; HISRICH, 2001).

Outras classificações teóricas adotadas foram relações que contribuíram para as hipóteses. Incluem-se aí as características preditoras organizacionais e ambientais e as características consequentes de crescimento e lucratividade. As relações originaram o seguinte modelo de efeitos diretos do intraempreendedorismo.

Fonte: adaptado (ANTONCIC; HISRICH, 2001). O modelo original, em inglês, com coeficientes variáveis e descrições, está publicado no artigo Intrapreneurship: Construct Refinement And Cross-Cultural Validation.

Com a construção do modelo, os autores chegaram às seguintes conclusões:

  • Empreendedorismo é fator de predição de crescimento da empresa, em termos absolutos (crescimento em número de empregados e em vendas totais), e em termos relativos (em comparação com a concorrência entre os mercados com crescimento).
  • Estruturas e valores de organização inovadores conduzem a atividades empreendedoras, com orientações estratégicas e mais propensas a crescer do que organizações sem a característica.
  • Comunicação aberta qualifica controles internos, dá suporte à gestão e à observação ambiental intensiva.
  • As organizações intraempreendedoras se engajam em empreendimentos novos, são inovadoras, se renovam continuamente e são proativas.
  • As economias de transição se deslocam para os padrões de negócios das economias mais desenvolvidas, onde o mercado permite que o intraempreendedorismo seja fator crítico para lucratividade e sobrevivência.

 

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Sicilia Vechi

Mestranda em Mídia e Conhecimento pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento (EGC/UFSC).