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Gestão do conhecimento e inovação

Esse post tem como objetivo abordar o papel da gestão do conhecimento dentro da inovação. Para isso, utiliza-se a publicação de Du Plessis (2007), onde a autora identifica os motivadores para a aplicação dessa temática nas organizações e a natureza do papel da gestão do conhecimento na inovação. O artigo utiliza como metodologia a pesquisa bibliográfica, aliada a experiências e interpretações pessoais.

Conceitos

Inovação

A inovação é compreendida por meio de várias definições dentro da literatura. Por isso, Du Plessis dentro de seu artigo cita outros autores.

Para Chen et al. (2004), a inovação é a introdução de uma nova combinação de fatores essenciais em um sistema de produção. Em contrapartida, Herkema (2003) define como um processo do conhecimento focado em criar novos entendimentos para soluções viáveis. Ademais, Herkema (2003) completa que a inovação é a adoção de uma ideia ou comportamento que é nova para a organização.

Um outro ponto de vista é descrito por Gloet e Terziovski (2004). Para esses autores, a inovação é a implementação de descobertas que gerem novos resultados. Conforme descrito, os resultados podem ser desde produtos, até sistemas ou processos.

Gestão do Conhecimento

Du Plessis novamente  reúne em seu artigo a visão de outros autores para definir gestão do conhecimento.

Gloet e Terziovski (2004) define gestão do conhecimento como a formalização e acesso à experiência, conhecimento e expertise. Essas criam novas capacidades, assim melhorando o desempenho. De acordo com Darroch e McNaughton (2002), trata-se da gestão que cria ou localiza conhecimento. Além disso, gerencia o fluxo desse conhecimento e garante eficiência a longo prazo. Por sua vez, Parlby e Taylor (2000) disseram que é apoiar a inovação, melhorando a geração de ideias e a exploração do poder de pensamento da organização.

Motivadores

O que leva alguém a adotar práticas da gestão do conhecimento em uma organização para o impulsionamento da inovação? Para a autora, existem três grandes motivadores.

  • Gerar e manter vantagens competitivas

Construir e manter um programa de inovação torna-se cada vez mais complexo. Isso deve-se às mudanças das necessidades dos clientes, extensiva pressão competitiva e rápida evolução tecnológica (Cavusgil et al. 2003).

  • Reduzir a complexidade do processo de inovação

A inovação é extremamente dependente da disponibilidade de conhecimento, portanto, a complexidade criada com o acúmulo de conhecimento deve ser reconhecida e gerenciada (Adams and Lamont, 2003).

  • Integração do conhecimento interno e externo junto à organização

A integração do conhecimento implica que insights oportunos serão utilizados em uma conjuntura apropriada para tomada de decisão. Ou seja, podem ser trocados, compartilhados, evoluídos ou compartilhados em algum ponto de necessidade.

A natureza do papel da gestão do conhecimento na inovação

O primeiro papel importante que a gestão da inovação desempenha na inovação é permitir compartilhamento e codificação de conhecimento tácito. Assim, empresas com alto potencial de inovação empregam uma política de “aprender fazendo”, que dificulta a replicação por concorrentes.

O segundo papel importante é relacionado ao conhecimento explícito. Embora o conhecimento explícito não represente um papel tão dominante quanto o tácito no processo de inovação, ele permanece importante. Nos processos científicos, os conhecimentos tácitos e explícitos devem conversar entre si, permitindo a codificação em conhecimento explícito para replicação.

O terceiro papel importante que a gestão do conhecimento desempenha é por meio da colaboração. Assim, o autor (Du Plessis, 2007) define colaboração como a capacidade de clientes, fornecedores e funcionários formarem comunidades de compartilhamento.

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Lúcio de Souza Silva

Graduando em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Santa Catarina. Entusiasta de qualquer atividade relacionada a inovação e tecnologia.