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Atores de Rio do Sul apresentam proposição de ações para o ecossistema de inovação

Atores se mobilizam para ativação do ecossistema de inovação de Rio do Sul – SC

O município de Rio do Sul-SC está localizado na Região do Alto Vale do Itajaí no estado de Santa Catarina e possui aproximadamente 70 mil habitantes. Reconhecendo a importância e a necessidade de fomentar a inovação não apenas no municipio, mas em todo o Alto Vale, os atores locais estão se mobibilizando para ativar o ecossistema local. Com apoio da metodologia do Grupo VIA Estação Conhecimento, um grupo de atores de diferentes hélices está trabalhando de forma colaborativa para planejar e executar ações que visam desenvolver a cultura da inovação na região.

Esta ação é resultado de uma serie de etapas que vem sendo desenvolvidas desde o ano de 2020. Assim, o primeiro passo, seguindo a metodologia do VIA, foi mapear os atores locais. Esta primeira ação é primordial para tornar conhecido os principais atores locais do ecossistema e agregar novos atores partícipes da inovação. Dessa forma, foram identificados 70 atores no ecossistema de inovação de Rio do Sul. Estes, estão divididos nas seguintes hélices: atores de conhecimento; públicos; empresariais; institucionais; atores de habitats de inovação; atores de fomento e sociedade civil. Os atores estão identificados e localizados no Mapa do ecossistema de inovação de Rio do Sul no site do Centro de Inovação Norberto Frahm (CINF). Não se localizou no mapa e quer fazer parte deste ecossistema? Cadastre-se nesse formulário.

Mapa de atores do ecossistema de inovação.

Workshops de diagnóstico do ecossistema de inovação

Posteriormente, foram realizados workshops de diagnóstico, onde foram identificadas práticas e necessidades do ecossistema de inovação. Assim, cerca de 25 atores locais participaram desse movimento colaborativo. De igual modo, houveram muitas trocas de informações entre os atores quanto as práticas e necessidades do território. Todos os workshops ocorreram de forma virtual para garantir a segurança de todos os participantes. A mediação foi realizada pelo Grupo VIA.

Participantes dos workshops de Rio do Sul.

Após realização dos workshops todos os dados levantados foram analisados. Dessa forma, o próximo passo foi a apresentação dos resultados colhidos durante as etapas de reconhecimento e diagnóstico para todos os atores. Assim, foi elaborado um relatório de feedback e entregue ao ecossistema local com todos os desafios e percepções colocadas nas diferentes funções do ecossistema. Posteriormente ao feedback, foi disponibilizado aos atores dois formulários para identificar os desafios que seriam priorizados e trabalhados na abertura do plano de ação.

Workshop de abertura de plano de ação para orquestração do ecossistema de inovação de Rio do Sul

Após os atores preencherem os formulários, foi realizado um workshop de abertura de plano de ação. Desse modo, em um movimento colaborativo, os atores locais alinharam os desafios prioritários para definir um plano de ação para todo o ecossistema. Assim, foram definidas que seriam planejadas ações para as  funções de Governança, Informação e Talento. Então, ao final do workshop foram definidos 3 grupos de atores que ficaram responsáveis por propor ações para os desafios dessas 3 funções.

Workshop de abertura de plano de ação com os atores locais.

Ademais, os três grupos (Governança, Informação, Talento) se reuniram durante as semanas para trabalhar nas proposições de ação para curto, médio e longo prazo para compor o plano de ação final de todo o ecossistema de inovação. Dessa forma, as reuniões aconteceram de forma presencial no Centro de Inovação Norberto Frahm (CINF) e, também, de forma virtual. Ainda, algumas interações foram acompanhadas pelo Grupo VIA que orientou e tirou dúvidas durante todo o processo. Ficou interessado? Quer acompanhar e ficar por dentro do que acontece no ecossistema de inovação de Rio do Sul? Siga o instagram @cinf_rsl e o site https://cinf.com.br.

Após as reuniões entre os grupos houve a socialização das proposições das ações para todos os grupos.

Apresentação das proposições de ação para o ecossistema de inovação

Na apresentação das proposições, cada grupo teve 30 minutos para demonstrar as ações de curto, médio e longo prazo. Assim, o grupo Governança foi o primeiro a apresentar. Então, o grupo abriu para debate a definição da proposta de valor do ecossistema. Após a contribuição de todos os grupos, a seguinte proposta de valor ficou estabelecida:

IMPULSIONAR A CULTURA INOVADORA POR MEIO DA UNIÃO DE ESFORÇOS, GERANDO RESULTADOS E O DESENVOLVIMENTO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ

O grupo, então, apresentou ações voltadas para estabelecer relações de confiança, engajamento e senso de pertencimento. Posteriormente, o grupo Informação apresentou ações para dissmeniar informação e demonstração do que existe; estabelecer uma agenda única para o ecossistema; integrar as informações do ecossistema dos municipios do Alto Vale do Itajaí, e; mapear a infraestrutura da região. Por fim, o grupo Talento apresentou ações para sensibilização da cultura inovadora; formação de talentos para cultura inovadora; desenvolvimento de hardskills e softskills; e, orientação empreendedora.

Atores reunidos para apresentação das ações.

Depoimentos sobre o projeto

Os atores descreveram a importância do projeto de ativação do ecossistema de inovação de Rio do Sul e região para as redes sociais do CINF. Confira abaixo.

Rafael Boaventura (Fiesc Alto Vale) – Grupo de Trabalho Governança:

“O projeto de Ativação do Ecossistema de Inovação do Alto Vale do Itajaí provocou a cooperação entre diversos atores buscando uma melhor orquestração do Ecossistema local, mediante a isto já se vislumbra uma maior sinergia entre empresas e entidades. Certamente cresceremos muito mais rápido e de forma organizada.”

Alexandre Souza (Núcleo de Inovação) – Grupo de Trabalho Informação

“Acredito que Rio do Sul está fazendo algo inédito, nosso ecossistema está fazendo um autodiagnostico, com a maioria dos atores de inovação da nossa região. Assim, estamos conhecendo nossos verdadeiros potenciais e também nossas dificuldades e dores que estão sendo impedimentos relevantes para a continuidade do crescimento do empreendedorismo e da inovação em nossa região. E que bom contar com a VIA/UFSC para este diagnóstico, estamos agora na etapa de planos de ação e a condução deles tem sido fundamental para avançarmos, sem ficar na zona de conforto e procrastinação.”

Sandro Alencar (Núcleo de Tecnologia – NIAVI) – Grupo de Trabalho Talentos

“Vimos como um “luz” no fim do túnel a união de esforços de entidades e pessoas no Ecossistema de Inovação do CINF, focando o tema Talentos. É uma “dor” grande de toda a comunidade, que vai desde os jovens e pais ao conseguir ver boas opções de carreira em nossa região. Também segue ao encontro das instituições de ensino que além de prover o conteúdo e conhecimento também podem cumprir seu papel social ao fornecer para a sociedade profissionais capacitados e visão de futuro para seus alunos e também ao encontro do Mercado, pois, para os empresários, o processo de encontrar e contratar mão-de-obra qualificada e integrada à nova realidade das tecnologias e inovação é cada vez mais um trabalho árduo e complexo. As ações propostas podem auxiliar na criação de um programa perene que auxilie nessa difícil área de trabalhar os Recursos Humanos nos Negócios de nossa região”.

Próximos passos

O próximo passo é reunir todas as informações dos grupos, identificar ações correlatas ou que podem ser realizadas de maneira conjunta e unir esforços para colocar as ações de curto prazo em prática.

Metodologia VIA

A metodologia VIA consiste em diferentes etapas de entendimento do ecossistema de inovação. Assim, o objetivo é entender quem são os atores locais, suas práticas e necessidades. Então, a partir do diagnóstico torna-se possível aos atores locais definir um plano de ação para orquestrar e ativar o ecossistema de inovação do município. De fato, um ecossistema de inovação ativo tem a capacidade de gerar um potencial competitivo para o território. Portanto, o Grupo VIA em parceria com os atores locais, pretende ao final do projeto ajudar a orquestrar o ecossistema de inovação para produzir maiores e melhores resultados.

Dessa forma, por intermédio de sua metodologia a #EstaçãoVIA vem colaborando com diversas localidades para o reconhecimento, orquestração e ativação de seus ecossistemas de inovação. Nessa perspectiva, Florianópolis/SCBlumenau/SCChapecó/SCSão José/SCCaxias do Sul/RSSanta Maria/RSSantarém/PA são exemplos de localidades onde a Metodologia VIA foi aplicada. Atualmente a metodologia está sendo aplicada nas cidades de São Bento do Sul, Rio do Sul e Santana do Livramento – Rivera na fronteira Brasil – Uruguai.

 

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Guilherme Paraol

Doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento (UFSC) e membro do grupo de pesquisa VIA - Estação Conhecimento. Realiza pesquisas com foco em ecossistemas de inovação. Atua em diversos projetos de inovação.