A evolução dos ecossistemas de inovação by Josep Piqué
Ecossistema de Inovação
Josep Piqué presidente da IASP aborda as relações do ecossistema de inovação na 27ª Conferência da ANPROTEC. Segundo ele, na verdade é preciso se perguntar quais os elementos estamos fazendo a gestão no contexto dos habitats de inovação e consequentemente do próprio ecossistema de inovação. Para Piqué, o talento, a tecnologia e o financiamento são os elementos chaves para o sucesso das ações regionais.
- Talento: como os talentos são atraídos e retidos no território? A cidade precisa ser ambiente diverso para viver, trabalhar e se divertir. É preciso pensar em atratividade para que os talentos queiram estar no território, pois um talento pode viver em qualquer lugar do mundo mas vai escolher a cidade com melhor qualidade de vida.
- Tecnologia: para que os talentos queiram viver, trabalhar e se divertir a tecnologia precisa estar em toda a capa urbana para atender a população. Assim, importante evidenciar como a tecnologia é colocada no tecido urbano em prol da comunidade. Desafios urbanos podem ser realizados de forma a evidenciar as principais demandas e resolver com soluções inovadoras.
- Financiamento: a grande necessidade hoje, principalmente dos países emergentes é encontrar mecanismos para as diferentes faces possíveis de fomento a startups e a projetos que possibilitem resolver as demandas da sociedade. Fundos, investidores privados e públicos devem ser identificados no território como forma de potencializar as negociações.
Entretanto, Piqué evidencia que não apenas basta ter esses elementos. Cada um deles deve apresentar conexões que capturam problemas e necessidades ou ainda que estejam ligados a identificação de necessidades futuras. Para tanto é importante o conhecimento dos atores do ecossistema. No território as pessoas precisam saber quais são os atores chaves de suas áreas, quem são os atores do ecossistema de inovação. Assim, fica mais fácil evidenciar as funções a que estes já estão servindo. Cada ator pode ter funções distintas em determinados casos ou ainda mesmas funções que se complementam ou ainda se sobrepõem. Além disso, essas diferentes especialidades podem gerar uma competitividade saudável que eleva.
Precisamos ir além do que já estamos fazendo hoje, que é coordenar a tríplice hélice. Hoje temos grandes players no ecossistema que vem sendo protagonistas por exemplo na aquisição das startups. Se isso é m dos indicadores de sucesso de m ecossistema, os gestores precisam estar orquestrando essas ações e atraindo estes mecanismos para suas regiões. Não somos só gestores de um ecossistema local, somos conectores de um ecossistema global, salienta Piqué.
O presidente da IASP apresenta ainda quatro cases internacionais, onde foi possível com apoio de habitats de inovação fazer a transformação para que as cidades sejam locais para trabalhar e viver com qualidade de vida. O cases internacionais foram Barcelona na Espanha, Ruta N na Colômbia, Skolkovo na Rússia e Ann Arbor nos Estados Unidos.
Quatro cases nacionais foram apresentados: o Porto Maravilha no Rio de Janeiro, o Porto Digital no Recife, o Quarto Distrito em Porto Alegre e o Centro Sapiens e Florianópolis.
Gostou? Acompanhe as publicações científicas da VIA sobre esses ambientes!
GASPAR, J. V.; URRUTIA, S. L.; RAMOS, D. N.; ZANINI, M. C.; TEIXEIRA, C. S. Case Centro Sapiens: fortalecendo a conexão do cidadão com a cidade. In: Congresso Internacional de Conhecimento e Inovação. Anais… CIKI, 2017.
GASPAR, J. V.; MENEGAZZO, C.; FIATES, J. E.; TEIXEIRA, C. S.; GOMES, L. S. R. A revitalização de espaços urbanos: o case do centro sapiens em Florianópolis. Revista Livre de Sustentabilidade e Empreendedorismo, v. 2, n. 4, p. 183-205, 2017.
Latest posts by VIA Estação Conhecimento (see all)
- SebraeHub-SC abre edital para seu Living Lab - 5 de Outubro de 2022
- Startup Weekend: São José recebe 3º Edição do evento na ACATE - 12 de Agosto de 2022
- Floripa Conecta volta a cena em 2022 - 8 de Junho de 2022