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Um panorama da cidade: 7º Relatório Anual de Progresso dos Indicadores de Florianópolis (RAPI) é lançado

Com contribuição do Grupo Estratégico de Inteligência da UFSC, assim como dos membros da Associação FloripAmanhã e do Observatório Social do Brasil – Florianópolis; o 7º Relatório Anual de Progresso dos Indicadores de Florianópolis (RAPI) apresenta diversos indicadores sobre a cidade.

O relatório é o resultado da coleta e análise de indicadores de sustentabilidade ambiental, urbana e fiscal, bem como um conjunto de recomendações aos entes públicos. Com o objetivo geral de auxiliar o governo e a sociedade a estabelecerem e seguirem prioridades com metas claras e mensuráveis, contribui para o desenvolvimento sustentável da cidade e para a avaliação das políticas públicas urbanas, a partir de uma visão técnica, objetiva e metodologicamente embasada.

Semaforização dos indicadores

O documento dá visibilidade a um conjunto de 193 indicadores , e se baseia na metodologia do Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis (CES), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O Relatório RAPI 2022-2023 está dividido em 03 dimensões: sustentabilidade ambiental e mudança de clima (35 indicadores), sustentabilidade urbana (123 indicadores) e sustentabilidade fiscal e governança (35 indicadores).
Por sua vez, essas dimensões são subdivididas em 12 pilares e 26 temas, compondo um conjunto de 193 indicadores. Numa visão geral os indicadores foram semaforizados da seguinte forma:

“Verde” – 42 indicadores – Indicadores que a cidade atingiu resultados satisfatórios;
“Amarelo” – 19 indicadores – indicadores que a cidade atingiu níveis que ainda requerem atenção.
“ Vermelho” – 27 indicadores – indicadores que a cidade está abaixo do nível satisfatório e requerem atenção especial.
 “Cinza” – 23 indicadores que a administração não acompanha, ou não informou, ou foram informados fora dos parâmetros solicitados
“Azul” – 82 indicadores novos não semaforizados.

Comparativo de semaforização dos últimos 4 anos

Um panorama sobre a cidade: Insights sobre os indicadores 2022-2023

Para aqueles que buscam um panorama geral e assertivo sobre Florianópolis, o relatório apresenta em detalhes os pontos fortes e fracos de diversos aspectos, desde aqueles ligados a empresas e negócios, até questões mais urbanas como a própria infraestrutura e saneamento, e dinâmicos como a mobilidade e a educação.

Um dos pontos fortes não poderia deixar de ser referente aos seus indicadores ligados ao empreendedorismo. Conhecida como a “Ilha do Silício” devido a potência de seu ecossistema de inovação e tendências empreendedoras, os indicadores de tempo para abrir empresas são extremamente positivos em Florianópolis, pois criam um ambiente favorável para uma cidade mais competitiva. Florianópolis permite abrir uma empresa em questão de horas (RAPI, 2022, p. 53).

Outro aspecto positivo ressaltado pelos indicadores são os de segurança, onde emergem alguns aspectos interessantes: a) Diminuem gradativamente os homicídios anualmente b) Os feminicídios mostram igualmente tendência decrescente c) Roubos e furtos de veículos apontam também tendência decrescente, muito positiva. Florianópolis apresenta, assim, uma tendência contínua para ser vista como uma cidade bastante segura para seus cidadãos e turistas.

Por outro lado, o relatório apresenta aspectos preocupantes em uma questão que já é clássica no dia a dia de quem convive na cidade: “A mobilidade e o transporte em Florianópolis são assuntos com graves problemas e dificuldade de encaminhamentos, seja no dia a dia dos moradores ou por ocasião das temporadas: infraestrutura viária, pistas exclusivas, diversidades de modais, integração metropolitana, pontos de congestionamento sistemáticas, afunilamento das pontes, eficiência da integração dos núcleos urbano da Ilha, dimensionamento da frota de carros particulares, sistema de concessão do serviço público de transporte coletivo, inovação tecnológica aplicada ao setor, disponibilidade de dados, etc.

De toda sorte a mobilidade e transporte centralizam a atenção e preocupação de todos. Parece notória a necessidade de um sistema de planejamento e gestão regional, planos de ação de integração modais, gestão dos congestionamentos, de áreas de ruídos, de logística de transporte de carga, de projeto do sistema de transporte marítimo, de projeto de eficiência do transporte coletivo”. (RAPI, 2023, p. 52).

Para conhecer mais do que o relatório apresenta sobre os pontos fortes e críticos da cidade, acesse neste link o 7º Relatório Anual de Progresso dos Indicadores de Florianópolis (RAPI).

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Carlos Marcelo Faustino da Silva

Mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento, um dos primeiros pesquisadores nacionais a abordar ambidestria organizacional sob a perspectiva da inovação aberta. Contador pela UFMT, mentorava startups desde a graduação, por isso começou a atuar próximo a ambientes de inovação, já tendo fundado e administrado núcleos de incubação de empresas. Atualmente, segue mentorando startups e empresas de outras configurações, e estudando estratégias para melhorias de metodologias em ambientes de inovação.
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