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VIA realiza painel sobre Experiências de Ecossistemas de Inovação

Olá, pessoal. No dia 09 de dezembro de 2021, o Grupo VIA realizou o Painel de Experiências de Ecossistemas de Inovação. O evento contou com a participação de Andréa Tamanine, Secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo do município de São Bento do Sul que compartilhou sua experiência sobre o Ecossistema de inovação do Planalto Norte (SC). Outro convidado foi Leonel Paes Furtado, professor de Programação e Empreendedorismo da UTEC – Universidade Tecnológica do Uruguai. Leonel representou o Ecossistema de inovação Área B – Santana do Livramento – Rivera. Por fim, Rafael Boaventura consultor de Inovação FIESC Alto Vale relatou o Ecossistema de inovação de Rio do Sul. O painel foi mediado por Guilherme Paraol de Matos, doutorando em Engenharia e Gestão do Conhecimento e membro do grupo de Pesquisa VIA Estação Conhecimento. Confira como foi o evento. 

Painelistas apresentam seus ecossistemas de inovação

Andréa Tamanine abriu o painel apresentando a trajetória do Ecossistema de inovação do Planalto Norte (SC), desde a criação da Incubadora Tecnológica do Alto Vale do Rio Negro em 2006 até o projeto de Ativação e Orquestração de Ecossistema de Inovação realizado pelo VIA em São Bento do Sul, Campo Alegre e Rio Negrinho, no Planalto Norte.

Comentou também sobre a implantação do Centro de Inovação do Planalto Norte que está em construção. Andréa relatou que os esforços estão sendo direcionados para criar cultura inovadora na região para utilizar o centro de inovação quando este estiver em operação. Por fim, apresentou o processo de mapeamento e as ações de ativação e orquestração do ecossistema de inovação, o Pacto pela Inovação do Planalto Norte, os eventos que estão sendo realizados, aqueles que estão planejados para 2022 e os desafios que estão sendo trabalhados. Conheça o ecossistema de inovação do Planalto Note, acesse o mapa do ecossistema de inovação.

Em seguida Leonel Paes Furtado apresentou o ecossistema de inovação Binacional Área B, localizado na fronteira entre Rivera e Santana do Livramento. Leonel iniciou sua apresentou com um vídeo sobre o ecossistema e apresentou o site da Área B. Apresentou um histórico de evolução do ecossistema de inovação e a importância da metodologia de ativação e orquestração de ecossistemas de inovação do VIA Estação Conhecimento e seu impacto na Fronteira.

Leonel apontou os desafios de articular atores em um região de Fronteira que reúne dois países com diferenças no idioma, composição de atores, configuração juridica e legislativa. Por fim, Leonel apresentou as ações que foram e estão sendo desenvolvidas, com destaques para ativação e definição do ecossistema de inovação Área B, como nome, logo, site, e proposta de valor; as reuniões dos grupos de trabalho do ecossistema; o Pacto pela Inovação da Fronteira; a realização de visita técnica do ecossistema a feira Mercopar em Caxias do Sul – RS; ao Instituto Caldeira e TecnoPuc em Porto Alegre; a idealização da Semana Binacional da Inovação que ocorrerá em 2022 e a realização do Desafio Fronteira Inteligente, este último também apoiado pelo VIA, entre outras ações de cooperação. Conheça o ecossistema de inovação da Fronteira, acesse o mapa do ecossistema de inovação Área B.

Por fim, Rafael Boaventura apresentou o ecossistema de inovação de Rio do Sul, outro ecossistema mapeado e ativado pelo VIA Estação Conhecimento, Rafael iniciou sua fala contextualizando Rio do Sul e a região do Alto Vale do Itajaí e destacou a presença de conexão multisetorial da economia da região e dos vários atores que dão suporte ao ecossistema. Rafael destacou que além de grandes indústrias presentes na região, o ecossistema também já se destaca pelo número de empresas de tecnologia.

Posteriormente, Rafael falou da importância da metodologia do VIA Estação Conhecimento para alinhar todos os atores em um único objetivo e estruturar o processo de orquestração do ecossistema. Rafael também destacou a atuação do Centro de Inovação Norberto Frahm – CINF nesse processo. Para finalizar, Rafael comentou as ações que foram realizadas pelos grupos de trabalho do ecossistema, como a construção da proposta de valor e o Pacto pela Inovação do Alto Vale do Itajaí. Por fim, Rafael apresentou as ações que estão sendo realizados pela FIESC Alto Vale para o ecossistema, como eventos, plantão FIESC, mentoria e o escritório de projetos FIESC Alto Vale do Itajaí. Conheça o ecossistema de inovação de Rio do Sul. Acesse o mapa do ecossistema de inovação. 

Painelistas compartilham suas experiências e dão dicas para ecossistemas nascentes

Várias perguntas foram feitas pelo público que assistiu ao evento pelo youtube. Entre as indagações, um participante pediu aos painelistas para compartilharem dicas e ações para ecossistemas que são nascentes e que pretendem se desenvolver. Os painelistas responderam a essa indagação e forneceram sugestões valiosas.

Para Rafael, a dica para quem deseja estruturar um ecossistema inicial é buscar metodologia e defendeu a metodologia da VIA como forma de acelerar esse processo de ativação do ecossistema. Também relatou a importância da metodologia para ter um ator neutro para conduzir e reunir todos os atores em torno de um mesmo objetivo, principalmente em ecossistemas iniciantes, onde os atores presentes no território possuem muito ego.

Andréa concordou com Rafael sobre a importância da metodologia e relatou que os ecossistemas iniciais precisam desse apoio para se desenvolver. Acrescentou também, que muito já foi feito e que há necessidade de buscar experiências que deram certo em outros ecossistemas. Por fim, sua dica para ecossistemas nascentes foi a importância dos atores que atuam no ecossistema de inovação terem isso como um propósito de vida para atuar em prol do seu desenvolvimento e para não desistir durante esse percurso. “Minha dica é, olhe para frente, bote lá seu coração, não basta ter apenas conhecimento, tem que ter coração e, não desista” – pontuou Andréa.

Leonel concordou com Andréa sobre a importância de haver um objetivo de vida por parte dos atores para atuação no ecossistema e o desejo sempre relevante de transformar a região onde residem. E, concordou com Rafael citando que a o uso de metodologia é indispensável para conduzir os ecossistemas de inovação. A partir de então, citou três pontos como acréscimo as dicas já fornecidas pelos painelistas. A primeira dica de Leonel foi “escolha bem os seus parceiros” e, pontuou que não são muitos, mas que precisam ser de confiança. A segunda dica foi “investimento em um projeto de impacto para a região“, como forma de trazer confiança e credibilidade até mesmo para busca de fomento, pois, já há um histórico de entrega efetiva do ecossistema de inovação a partir da realização desse projeto. E, a terceira dica foi “não tenha pressa”, uma vez que esse processo de desenvolvimento de ecossistema é de médio e longo prazo, uma vez que, os atores precisam se conhecer, se conectar, construir confiança e precisam gerar uma cultura para inovação. “O processo exige tempo, exige essa confiança e exige maturidade” – pontuou Leonel.

Este foi apenas um pequeno resumo de tudo o que aconteceu no evento. Não perca essa oportunidade e assista o evento completo pelo youtube.

 

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Guilherme Paraol

Doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento (UFSC) e membro do grupo de pesquisa VIA - Estação Conhecimento. Realiza pesquisas com foco em ecossistemas de inovação. Atua em diversos projetos de inovação.