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O termo de hoje é Parque.

Quais os tipos existentes?

Muitas são as tipologias que existem para Parques. Os Parques são considerados como sendo: Científicos, Tecnológicos, Científicos e Tecnológicos, de Pesquisa ou de Inovação.

O que é um Parque?

Dois eixos básicos são importantes para as definições da nomenclatura de Parques: i) Base de Ciência e Tecnologia (C&T) e ii) Base Empresarial, assim como segue:

  • Base de Ciência e Tecnologia (C&T)

Habitats com base em C&T levam em conta os parâmetros, indicadores e características do ambiente no qual se está inserido assim como as características da própria região do entorno no que diz respeito à base de conhecimento existente, como por exemplo, na forma de universidades, instituições de C&T, profissionais qualificados, histórico de projetos de P&D, infraestrutura para pesquisa, sistema educacional, investimentos públicos e privados em P&D.

  • Base Empresarial

Habitats com uma base empresarial levam em consideração fatores relacionados à densidade de empresas inovadoras e à cultura de empreendedorismo e inovação existente na região, avaliada na forma de empresas de tecnologia estabelecidas, histórico e geração de startups, existência de organizações de venture capital, receitas geradas por empresas inovadoras, nível de globalização dos negócios.

Além disso, para a definição destes habitats ainda é necessário identificar a relevância na qual se está inserido. Esta relevância é dividida em nacional/mundial, regional e local.

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Eixos básicos para a definição da estrutura de Parques. Fonte: Adaptado de ANPROTEC (2008).

 

Entretanto, a existência de Parques hoje não permite que sejam enquadrados apenas considerando as tipologias de Parque Tecnológico, Parque Cientifico ou Parque Científico e Tecnológico. Hoje, já são encontrados por exemplos, Parques de Pesquisa, Parques de Inovação.

A evolução dos Parques Científicos e Tecnológicos pode ser classificada em uma descrição por meio de três gerações em função da época em que foram predominantes e dos elementos que os tornaram singulares (ANPROTEC, 2008), assim como segue:

  • Parques de 1the Geração: gerados espontaneamente para auxiliar a criação de empresas de base tecnológica, auxiliar a interação com universidades. Geralmente tiveram suporte e investimento governamental, com isso tornaram-se muito relevantes para o país ou região.
  • Parques de 2ª Geração: parques concebidos à luz dos de primeira geração, em geral, os resultados desta geração de Parques Tecnológicos são modestos, restringindo-se a impactos locais ou regionais. Este tipo de Parque se espalhou por universidades e polos tecnológicos de países desenvolvidos da América do Norte e Europa, ao longo das décadas de 70 a 90;
  • Parques de 3ª Geração: Parques estruturantes contam com apoio e investimento estatal e são orientados para o mercado globalizado. Em geral, estão integrados a outras políticas e estratégias de desenvolvimento urbano e regional. Este tipo de Parque é influenciado por fatores contemporâneos, tais como: facilidade de acesso ao conhecimento, formação de clusters de inovação e ganhos de escala motivados pela especialização. O meio ambiente torna-se fundamental neste conceito, onde a economia do conhecimento prevalece.

Em todas as iniciativas de Parque prevalece a economia do conhecimento que se faz presente em interações e sinergia geradas entre universidades e empresas. Estas interações vêm sendo consideradas como fundamentais no desenvolvimento empreendedor pautado em inovação. De maneira geral, pode-se dizer que os Parques se constituem especificamente em ferramentas fundamentais do desenvolvimento regional baseado em Ciência, Tecnologia e Inovação, e são frutos de políticas públicas orientadas ao desenvolvimento de empresas intensivas em conhecimento.

 

Quais as diferenças entre eles?

As diferenças principais entre eles é a proposta de valor que estes ambientes entregam ao cliente. Como a própria nomenclatura indica a base tecnológica, científica ou de inovação é que vai variar de tipologia para tipologia. Os Parques Científicos são aqueles em que a base prioritária é ligada as universidades e os Tecnológicos a base é de empresas de tecnologia. Os Parques Científicos e Tecnológicos apresentam predominâncias tanto na base empresarial de tecnologia quanto na base científica. Os Parques de Pesquisa são aqueles onde a pesquisa e o desenvolvimento (ações de P&D) ocorrem de forma predominante e o Parque de Inovação é aquele onde o ambiente prioriza atividades inovativas que impulsionam ideias ao mercado.

 

Conheça os habitats de inovação no mundo que já foram estudados pela VIA clicando no mapa:

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Referências

ANPROTEC. Parques Tecnológicos no Brasil – Estudo Análise e Proposições. Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores / Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. Brasília, 2008. Disponível em: <http://www.abdi.com.br/Estudo/Parques%20Tecnol%C3%B3gicos%20-%20Estudo%20an%C3%A1lises%20e%20Proposi%C3%A7%C3%B5es.pdf>.

 

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